Bolsonaro ataca CoronaVac, defende ‘tratamento precoce’ e insulta jornalistas
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Bolsonaro ataca CoronaVac, defende ‘tratamento precoce’ e insulta jornalistas
A Coronavac é a principal vacina na imunização dos brasileiros
Durante live nas redes sociais nesta quinta-feira, 24, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez declarações direcionadas ao seu público mais radicalizado: voltou a atacar a CoronaVac, vacina contra covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac; a defender o “tratamento precoce”, que não tem eficácia comprovada contra o novo coronavírus; e a insultar jornalistas.
Bolsonaro afirmou, sem apresentar provas, que há idosos vacinados com CoronaVac morrendo em asilos de covid-19. “Botaram na cabeça da pessoa que se tomar vacina, sintomas vão ser brandos, e tem gente morrendo”, disse. A CoronaVac tem autorização de uso emergencial concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), que também participava da live, disse que não tomará a Coronavac. “Vou ver se tem outra.” Especialistas alertam, porém, que não se deve fazer escolha de vacinas.
O presidente ainda citou, durante a live, um estudo preliminar da Universidade de Oxford, ainda em desenvolvimento e sem revisão dos pares, sobre a utilização de ivermectina no tratamento da covid-19. “Vamos entrar em contato com a Universidade para ver se a gente pode acompanhar esse estudo”, declarou, sem, contudo, citar o nome do medicamento. “Aquele remédio que mata verme. Não tem contraindicação”, disse Bolsonaro, ciente de que as redes sociais poderiam derrubar sua transmissão por compartilhamento de desinformações.
A utilização de ivermectina e hidroxicloroquina no tratamento da covid-19 já foi testada por diversas vezes e não apresentou eficácia. Além disso, diferentemente do afirmado por Bolsonaro, os dois medicamentos podem apresentar efeitos colaterais.
“Você tem que se consultar com médico, não com jornalistas, esses picaretas”, disparou o chefe do Planalto. “Esse pessoal da imprensa faz pergunta idiota, tem resposta à altura e fica cheio de mimimi. Eu perdi a paciência, realmente”, acrescentou, em referência a um episódio nesta semana em que mandou a jornalista Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo, “calar a boca”.
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