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Bolsonaro diz não temer ações em série na Justiça


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No discurso, o presidente associou o seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à liberação das drogas e afirmou que não vai indicar nenhum “abortista” para o Supremo Tribunal Federal, caso vença.


Em evento com evangélicos em Vitória (ES), o presidente Jair Bolsonaro reagiu neste sábado (23) a uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo que mostrou que ele deve enfrentar ações em série na Justiça comum caso não se reeleja.

Na Presidência, Bolsonaro só pode responder a processos penais que tenham relação com o mandato. A reportagem, publicada na sexta (22), mostrou que, caso perca o foro especial, ações contra ele poderão ser movidas por procuradores ou promotores pelo país. A realização de motociatas e declarações sobre a pandemia já motivaram procedimentos na Justiça contra ele, com liminares negadas.

Neste sábado, Bolsonaro afirmou: “Hoje tá na imprensa, segundo um grupo meu, tá na imprensa, ameaças à minha pessoa. Se eu perder o mandato, poderei ser preso por até cem anos pelos ataques à democracia. Eu não dou recado a ninguém. Se querem dar recado a mim, não vai surtir efeito. Vou continuar fazendo a mesma coisa”.
A seguir, disse que tem “a obrigação moral, até com o sacrifício da própria vida” de não deixar que o país perca a liberdade.

No discurso, o presidente associou o seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à liberação das drogas e afirmou que não vai indicar nenhum “abortista” para o Supremo Tribunal Federal, caso vença.

Também defendeu suas atitudes na pandemia da Covid-19 e afirmou que foi o único chefe de Estado com uma opinião sobre o assunto. Sua condução da crise à época motivou a instauração de uma CPI no Senado, que pediu seu indiciamento em 2021.

“Quem não se preocupava com pobres é quem usou a força para mantê-los dentro de casa”, disse, em crítica a prefeitos e governadores.
Bolsonaro também falou sobre a redução no preço dos combustíveis e mencionou o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Em um aceno ao eleitorado feminino, que é um dos segmentos da sociedade onde tem mais alta taxa de rejeição, o presidente falou sobre a titulação de propriedades rurais.

“Homem só recebe título comigo se for viúvo ou solteiro. Se casado ou união estável, quem ganha é a mulher. A mesma coisa quando se fala do Auxílio Brasil.”

Na visita ao Espírito Santo, Bolsonaro também promoveu uma motociata.

| IDNews® | Folhapress | Felipe Bachtold | Via NMBR |Brasil

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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