CAE discutirá endividamento da Petrobras em audiência pública
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O endividamento da Petrobras será debatido em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na terça-feira (17). São esperados para a reunião os diretores da estatal nas áreas de governança, João Adalberto Elek Júnior, e de finanças, Ivan de Souza Monteiro, além da gerente jurídica, Claudia Zacour.
A audiência foi solicitada pelos senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). Crivella está preocupado com a dívida tributária da Petrobras com o governo do Rio de Janeiro, que, segundo ele, ultrapassa R$ 1,6 bilhão.
Além disso, ainda de acordo com Crivella, a Petrobras vem depositando em juízo as participações especiais referentes ao Campo de Lula, na Bacia de Santos, devidas ao estado. O senador observou que o depósito em juízo decorre de uma briga judicial com a Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Os problemas causados pela inadimplência da Petrobras não afetam apenas o Rio, na avaliação do senador. Entre os 100 maiores devedores inscritos na dívida ativa do Amazonas, acrescentou, a estatal é a primeira colocada, com débito de quase R$ 600 milhões.
Crise
Para Tasso Jereissati, a dívida global da Petrobras tornou-se preocupante. Ele citou previsão de que em 2016 a relação entre a dívida líquida da estatal e o Ebitda (acrônimo em inglês de “lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”) chegue a 5,9, mesmo que haja um aumento de 10% no preço da gasolina no próximo ano.
Tasso notou que esse indicador é maior que o de todas outras petroleiras do mundo, que, em média, têm uma relação de dívida líquida/Ebitda de 1,5. Na prática, esse número aponta a quantidade de anos de geração de caixa requeridos para pagar todas as dívidas da companhia.
Tasso citou relatórios reservados de bancos e consultorias indicando que a situação da petroleira se tornou tão grave, no atual cenário de preço do barril de petróleo abaixo de US$ 50 e de dólar a R$ 3,80, que exigirá um conjunto de ações emergenciais.
Para o senador, a recuperação possivelmente passaria por uma combinação de cortes de investimentos, aumento do preço da gasolina e venda de ativos, além de nova capitalização. Tasso pretendia trazer à audiência pública o próprio presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, mas a empresa optou por enviar diretores.
Cade
A audiência será posterior à sabatina de Victor Santos Rufino, indicado para ser reconduzido ao cargo de procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A sabatina está marcada para as 10h e, assim como a audiência sobre a Petrobras, será realizada na sala 19 da Ala Alexandre Costa.
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