Policia

Casa de família morta na Grande SP foi alvo de tiros em junho


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Os três foram mortos na madrugada de quarta-feira (22) na chácara onde moravam na Vila Santa Cruz


A idosa Emília da Luz Silva, 74 anos, morta a facadas junto com o marido, José Benedicto da Silva, 78, e com o genro Aílton Aparecido Santiago, 41, em Mairiporã (Grande SP), registrou boletim de ocorrência em 29 de junho relatando que sua casa havia sido alvo de tiros.

Os três foram mortos na madrugada de quarta-feira (22) na chácara onde moravam na Vila Santa Cruz. O suspeito do crime, um vizinho de 40 anos da família, se apresentou à delegacia da cidade da Grande SP. Os corpos foram encontrados carbonizados por que as duas casas onde moravam foram incendiadas.

A Polícia Civil de Mairiporã afirmou, por meio da SSP (Secretaria da Segurança Pública), que por enquanto não é possível dizer se há entre os casos. “Entretanto, todas as circunstâncias relativas aos fatos da última quarta-feira são investigadas pela delegacia do município”, disse trecho de nota.

Segundo relatado pela idosa na ocasião, ela estava em casa com o marido quando ouviu disparos de arma de fogo.

Por isso, ela se levantou e, ao chegar na cozinha, de acordo com registros da delegacia de Mairiporã, constatou que a porta e janela estavam perfuradas. A idosa também localizou projéteis que, segundo a polícia, eram de pistola.

O neto dos idosos, de 33 anos, ao perceber a movimentação conseguiu impedir que o suspeito continuasse a ação criminosa, partindo para luta corporal. O rapaz chegou a ser hospitalizado mas não corre riscos, segundo a polícia.

A mãe dele, de 53 anos e que mantinha um relacionamento de cinco anos com Santiago, segundo parentes, foi ferida com ao menos oito facadas e permanecia internada até a publicação desta reportagem.

A Polícia Civil de Mairiporã solicitará à Justiça a quebra dos sigilos bancário e telefônico do suspeito preso –para se verificar com quem ele eventualmente se comunicou, além de onde e quando comprou objetos levados ao local do ataque.

Foram apreendidos um machado, a faca usada no crime, uma besta –tipo de arco e flecha– além de um galão de gasolina e uma lanterna de cabeça, mencionada no relato de um dos PMs que atendeu ao caso.

Segundo o IML (Instituto Médico Legal) a causa preliminar da morte de Aílton foi “hemorragia aguda” com “traumatismo de órgãos torácicos” provocados por ferimento de faca.

O corpo dele foi velado na manhã desta quinta a seria sepultado à tarde no cemitério dos Coqueiros.

Na mesma necrópole, os corpos dos dois idosos também seriam enterrados, segundo o Serviço Funerário Municipal, mas sem velório.

A primeira imagem que vem à mente do pai de Aílton Aparecido Santiago, o aposentado Florismino Santiago, 69, é do filho com um violão nas mãos e sorriso no rosto.

Quarto de cinco filhos, Aílton trabalhava como ajudante geral em uma pedreira de Mairiporã, mas nos tempos livres se dedicava à sua paixão, a música sertaneja.

“Ele era uma pessoa de fácil amizade, sempre com um sorriso no rosto e o violão no colo. Ele alegrava todos os lugares onde ia”, disse o aposentado.

Aílton, segundo o pai, não teve filhos e morava com a companheira, que permanece internada.

Amiga de infância de Aílton, a funcionária pública Maria de Fátima Moraes de Lima , 38, também lembrou o gosto que ele tinha pela música.

“Ele tocava violão desde pequeno e adorava animar os encontros entre amigos com música. Era ele chegar e alguém jogava o violão na sua mão”, afirmou.

Maria acrescentou que o amigo nunca mencionou problemas relacionamento com o suspeito pelo triplo assassinato, que era vizinho das vítimas.

A polícia investiga se queimadas realizadas na chácara da família tiram provocado o ataque do agressor.

| IDNews® | Folhapress | Via NMBR |Brasil

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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