Caso Tony Ramos: Entenda o que é e qual a gravidade do hematoma subdural
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Ator foi internado às pressas no Rio de Janeiro e passou por uma cirurgia para drenar o sangramento no cérebro na quinta-feira (16)
Foto: BNews
Por: Rafael Damas
O neurocirurgião do Hospital Edmundo Vasconcelos, Otavio Braga, explica que esse é um hematoma intracraniano que se localiza entre a membrana dura mater (uma das meninges que envolve o cérebro) e o cérebro, ou seja, há um acúmulo de sangue entre o crânio e o cérebro. Segundo o médico, há dois tipos de hematomas: os agudos, que são decorrentes de traumas mais graves, como atropelamentos e acidentes, por exemplo, e os crônicos, decorrentes de traumas mais leves como quedas e pequenas batidas que muitos pacientes até mesmo podem não lembrar.
“Os crônicos são provenientes de pequenos sangramentos de veias que vão aumentando com o tempo. Só após 15 ou vinte dias começam a dar sintomas neurológicos. São mais frequentes em pacientes mais idosos e na maioria dos casos demandam a necessidade de uma cirurgia, já que vão aumentando progressivamente e podem comprimir o cérebro”, afirma ele. Segundo o especialista essa compressão pode causar sintomas como cefaleia, paralisia de metade do corpo, convulsão, confusão mental e até coma a depender de cada caso.
O tratamento cirúrgico consiste na drenagem desse sangramento através de um orifício no crânio e a lavagem exaustiva com soro para retirar todo sangramento. “A evolução geralmente é satisfatória mas pode depender muito de acordo com o paciente. Após a operação, o paciente sai com um dreno para que o cérebro aos poucos volte ao lugar. É muito importante a cirurgia ser realizada rapidamente para evitar complicações que podem até mesmo trazer riscos de morte”, finaliza.
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