Eleições 2018

Cidades marcam atos e erguem outdoor de adversário de Lula pós-caravana


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Cidades marcam atos e erguem outdoor de adversário de Lula pós-caravana
Passagem do ex-presidente pela região Sul do país, onde ele tem menos votos, foi tumultuada e contou com protestos violentos

11:30 |Folhapress / Protestos / Caravana |2018MAR29 - 

A caravana passa e os críticos ao presidente Lula marcam manifestação, entram com ação judicial e erguem outdoor em homenagem a adversário político.

Esses foram alguns dos efeitos depois da passagem da comitiva do ex-presidente em três cidades do Sul do país, região onde o petista tem menos votos e que foi escolhida por ele para ser percorrida desde a última semana.

A caravana encontrou palmas de apoiadores, mas também ovos em Santa Catarina, agressões a jornalistas no Rio Grande do Sul e Paraná e até tiros em dois dos ônibus da comitiva, antes da visita final, nesta quarta-feira (28), em Curitiba.

Foz do Iguaçu, no Paraná, teve um dos pontos mais tumultuados da caravana, na segunda-feira (26). Antes mesmo da chegada de Lula, um grupo de críticos ao ex-presidente rompeu a área de isolamento e se aproximou do local do evento para atirar pedras e ovos. Foram dispersados com bombas de gás lacrimogêneo.

Nessa quarta, dois dias depois de Lula deixar a cidade, foi marcada para a próxima terça (3) uma manifestação denominada “Ou Você Vem ou Lula Volta”. O ato, organizado pelo movimento denominado “Vem Pra Rua – Foz do Iguaçu”, acontecerá um dia antes de o STF (Supremo Tribunal Federal) julgar o habeas corpus pedido pela defesa de Lula para evitar a prisão dele.

Depois da passagem do ex-presidente pela cidade, foram retirados sete outdoors, alguns posicionados próximo ao evento que receberia o ex-presidente. Eles traziam dizeres como “Lula? Em Foz, não” e “Foz não quer ouvir sua voz”, com fotos de Lula.

Chapecó, no interior de Santa Catarina, também recebeu com ovos  alguns dos ônibus da comitiva do ex-presidente, no sábado (24). Na manhã seguinte, sobraram pedras e pedaços de rojões nas ruas próximas ao evento.

Amanheceram rasgados outdoors, como o da foto do ex-presidente atrás de grades e a frase “A lei é para todos”. Ele estava pichado com a frase “Bolsonaro fascista”.

As ruas de Chapecó também tiveram reflexos. As vias do centro, fechadas dez horas antes do ato pró-Lula, permaneceram interditadas até a manhã do dia seguinte. Durante as manifestações, até a missa foi afetada: não houve celebração às 19h, na catedral Santo Antônio, porque os atos estavam marcados para o mesmo horário, em frente à igreja.

“Uma equipe de voluntários ficou na igreja até 23h, até tudo se acalmar. Queríamos proteger, cuidar do local”, disse um paroquiano, que pediu anonimato.

Quem não teve alternativa no dia foi a assessora de casamentos Elis Vargas. Ela e a equipe estavam com uma cerimônia marcada para as 17h na igreja matriz há mais de um ano. Os noivos se casaram, mas precisaram contar com a ajuda de PMs para entrar e sair da igreja. E ainda tiveram de contar com um acessório não previsto: guarda-chuva, para evitar serem atingidos por ovos.

“Agora estamos aliviados, mas na hora ficamos muito preocupados. Tivemos de repensar toda a organização. Até falamos para a organização do ato baixar o volume do som”, diz a assessora.

Em Santa Maria (RS), a passagem de Lula no campus da universidade federal no dia 20 não foi unânime para todos os moradores da cidade. Entre apoio e críticas à visita nas redes sociais, o Ministério Público Federal pediu um prazo de dez dias para que a universidade forneça informações sobre a agenda do petista na instituição.

Uma representação foi encaminhada ao órgão e ao Ministério Público Eleitoral pelo bacharel em direito Giuseppe Riesgo, filiado ao Partido Novo. “Receber pré-candidato não configura crime, o problema é fazer um ato político dentro da universidade. Isso é fazer uso de uma instituição pública para campanha política antecipada, o que é proibido por lei”.

A Procuradoria questionou à instituição se foi usado dinheiro público no encontro que reuniu não apenas o reitor da UFSM, mas também de outras universidades e institutos federais.

Um dia depois da passagem da caravana, como havia sido anunciado por um grupo de santa-marienses apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL), foi instalado em uma das principais avenidas da cidade um outdoor apoiando a candidatura do deputado federal a presidente.

Um mês antes, outro outdoor tinha sido instalado na cidade, mas ele foi rasgado e pichado em menos de 24 horas. Com informações da Folhapress.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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