Clube japonês entra com processo na Fifa contra o Santos pela contratação de Carille
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O V-Varen Nagasaki, onde estava Carille antes de voltar ao futebol nacional, não reconhece a transferência do treinador para a equipe brasileira
O Santos ganhou uma preocupação na véspera de sua estreia na temporada 2024. Nesta sexta-feira, o V-Varen Nagasaki afirmou que vai acionar o clube brasileiro na Fifa por causa da contratação do técnico Fábio Carillle. O time japonês, onde estava Carille antes de voltar ao futebol nacional, não reconhece a transferência do treinador para a equipe brasileira.
“É um direito do clube japonês. Vamos acompanhar o caso. Para nós, é um assunto que será acompanhado apenas juridicamente. Não temos nenhum tipo de situação diferente da regularização do técnico. Ele continuará normalmente, não tememos nada com referência a esta multa, envolvendo uma questão muito própria do profissional com o clube”, afirmou o presidente do Santos, Marcelo Teixeira.
Questionado sobre o assunto nesta sexta, durante entrevista coletiva, o dirigente evitou dar detalhes sobre o imbróglio. “Nós acompanharemos tudo, aguardaremos as decisões e manifestações da Fifa. Nós fomos a uma reunião com boa intenção para intermediar a situação entre o clube japonês e o treinador. Tentamos um acordo para a possível rescisão trabalhista da comissão técnica. Foi feita uma proposta sobre essa questão e o clube japonês continua tendo uma outra visão nesta relação trabalhista, na qual o Santos tem as suas medidas. Analisamos todo o processo jurídico.”
Esta não é a primeira vez que o Santos se vê ameaçado pelo Nagasaki. Quando escolheu Carille para assumir a equipe para a temporada 2024 – a primeira do clube paulista na Série B do Campeonato Brasileiro -, foi exigido o pagamento da multa rescisória pelos japoneses. Segundo o clube, ainda não houve uma resolução quanto ao valor a ser pago: US$ 1,5 milhão, cerca de R$ 7,4 milhões.
No dia 13 de janeiro, o Nagasaki já havia emitido nota, na qual chamou a situação com o Santos de “inaceitável”. Não houve, no entanto, qualquer manifestação dos brasileiros e da gestão do presidente Marcelo Teixeira. Por causa disso, será iniciado um processo e os trâmites legais na Fifa, para que haja o pagamento integral da multa rescisória.
Na última sexta-feira, o Santos registrou o contrato de Carille, mesmo sem o pagamento da multa. Para o Santos, o treinador estaria liberado para assinar o contrato com qualquer clube a partir do dia 1º de janeiro, fato que é contestado pelo time japonês.
“Desde 20 de dezembro de 2023 até o presente, nós pedimos de forma repetida ao Santos FC e ao técnico Carille que procedessem com os procedimentos formais de rescisão de contrato, tentando uma solução amigável. Mesmo após a liberação do nosso clube no sábado, 13 de janeiro, temos solicitado ao Santos FC uma resposta sincera e uma resolução amigável, mas ainda não recebemos uma resposta clara e nenhuma carta oficial foi recebida”, afirmou o clube em nota.
“Portanto, determinamos que não será possível para as partes resolver o assunto, mesmo que as discussões continuem.” O Santos estreia neste sábado, 20, contra o Botafogo-SP. Mesmo com a ação iniciada junto à Fifa, Carille estará a beira do campo no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, já que está inscrito e tem sua situação regulamentada no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.
| IDNews®| Beto Fortunato | Via NBR | Estadão Conteúdo|