Policia

Condenado a prisão, PM do RJ recebeu salário bruto de R$ 27 mil em setembro


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Apontado como o ex-chefe da milícia da Muzema, na zona Oeste do Rio, de acordo com investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, o major preso no início de 2019 no âmbito da Operação Intocáveis.


Condenado a 76 anos de prisão na última terça-feira (11) pela morte de quatro jovens e a ocultação de cadáver de um deles, o major da PM-RJ (Polícia Militar do Rio de Janeiro) Ronald Paulo Alves Pereira, conhecido como major Ronald, recebeu salário bruto de mais de R$ 27 mil em setembro. A informação foi divulgada pelo jornal Extra e confirmada pelo UOL em consulta ao painel de remuneração de servidores públicos.

Segundo a plataforma, a remuneração do major Ronald foi de R$ 27,592,74. Com os descontos nesse valor, o salário líquido do policial no mês passado foi de R$ 16.812,98.

Apontado como o ex-chefe da milícia da Muzema, na zona Oeste do Rio, de acordo com investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, o major preso no início de 2019 no âmbito da Operação Intocáveis. A força-tarefa mirou um grupo de criminosos que atuava com a grilagem de terras no Rio de Janeiro.

O caso que resultou na condenação do policial ocorreu em 2003, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, quando Ronald era capitão da PM. À época, quatro jovens foram torturados e executados com três tiros de fuzil na cabeça após serem sequestrados por policiais militares. As mortes resultaram em acusações contra nove policiais, sendo Ronald um deles.

Major foi homenageado por Flávio Bolsonaro. Em 2004, quando ainda era deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), o senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), homenageou Ronald.

Na época, Flávio fez uma Moção de Louvor e Congratulações que homenageasse o policial por “importantes serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro quando da operação policial realizada no Conjunto Esperança no dia 22 de janeiro de 2004”, um confronto que teria resultado na morte de três pessoas.

Uma delas, segundo o pedido disponível no site da Alerj, é descrita como “o meliante Macumba, líder do trafico no Conjunto Esperança, Complexo da Maré”. A operação também teria apreendido dois fuzis M16 A2, uma granada, dois celulares e um rádio, além de projéteis de variados tipos.

| IDNews® | Folhapress | Via NMBR |Brasil

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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