Crefisa e política polarizada sobem expectativas sobre nova gestão
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| IDNews | Folhapress | Via Notícias ao Minuto
A eleição na qual Galiotte se reelegeu para mais três anos à frente do Palmeiras
O segundo mandato de Maurício Galiotte como presidente do Palmeiras, que começou oficialmente no último sábado (15), coloca desafios políticos importantes à frente do dirigente. Após a conquista do primeiro título de sua gestão com o Brasileiro de 2018, ele deve ver as expectativas sobre si subirem, especialmente em um contexto de oposição interna forte e de aposta no estreitamento dos laços com a patrocinadora Crefisa.
Além de Genaro, a oposição palmeirense também conta com nomes como os ex-presidentes Paulo Nobre e Mustafá Contursi, influentes em diferentes grupos de conselheiros. A crítica mais comum a Galiotte é sua proximidade com Leila Pereira, conselheira do clube e presidente da Crefisa, e o protagonismo excessivo que estaria sendo dado à empresária. Ela está brigada com Nobre desde o final do mandato do ex-presidente em 2016 e também rompeu com Mustafá após ele ter se envolvido em um caso de cambismo com ingressos que recebia da Crefisa.
Os conflitos políticos não serão novidade para Galiotte. O presidente, por exemplo, precisou convocar uma votação extraordinária do Conselho Deliberativo em agosto para contornar as sucessivas rejeições dos balancetes mensais de sua gestão pelo Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), órgão interno de maioria oposicionista. Mesmo com superávits, o COF negava as contas por conta dos aditivos assinados em janeiro com a Crefisa, que fizeram o clube contrair uma dívida superior a R$ 120 milhões com a patrocinadora.
Outro episódio que ilustrou a disputa interna foi a votação da mudança estatutária em maio que elevou de dois para três anos a duração do mandato presidencial. Aliados de Galiotte e Leila defenderam que a alteração era importante para melhorar a governança do clube, enquanto oposicionistas argumentavam que o propósito era beneficiar a dona da Crefisa, que agora já poderá concorrer à presidência do clube em 2021, quando completará cinco anos como conselheira.
A relação com a Crefisa voltou a ficar sob os holofotes após Genaro Marino apresentar a Galiotte, depois de sua reeleição, uma carta de intenções da empresa Blackstar, com sede em Hong Kong, que manifesta interesse de pagar R$ 1 bilhão à vista por um patrocínio de 10 anos. A visão da situação é de que a oferta não possui consistência e tem o objetivo de tumultuar o ambiente e enfraquecer Leila. Já a oposição defende que a proposta seja analisada a fundo, mas a tendência é mesmo que o negócio não ande e que a renovação com a Crefisa seja oficializada por três anos.
Em seu novo mandato, Galiotte terá a vantagem de se cercar de pessoas aliadas, após terminar sua primeira gestão rompido com todos os quatro vice-presidentes que compuseram sua chapa na eleição. Os vices a partir de agora são Paulo Buosi, Décio Perin, Alexandre Zanotta e José Eduardo Caliari. Com as finanças do clube em situação saudável – ele fez, inclusive, esforços para quitar a dívida de mais de R$ 140 milhões com Paulo Nobre sete anos do previsto -, o presidente se prepara para encarar mais três anos com oposição atuante no Palmeiras. Com informações da Folhapress.