Cultura nomeia ex-Secom que defendeu médico acusado de ofensa sexual
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Felipe Pedri, nomeado para o cargo, é próximo a Mario Frias, que chefia a Cultura
O governo Bolsonaro nomeou o publicitário Felipe Pedri para chefiar a Secretaria do Audiovisual, a SAV, dentro da Secretaria Especial da Cultura, nesta quinta-feira.
Pedri ocupou o cargo de secretário de Comunicação Institucional do governo até ser exonenarado no fim do mês passado. A coluna da jornalista Mônica Bergamo antecipou que o Planalto já avaliava a possibilidade da nomeação do publicitário, que é próximo a Mario Frias, que chefia a Cultura.
Ele ficará no lugar de Bruno Graça Melo Côrtes, que antes de chefiar a SAV trabalhava na área de promoção de eventos no Rio de Janeiro.
Ao anunciar sua nomeação no Twitter, Pedri chamou de “irmão” o PM olavista André Porciuncula, que comanda a Rouanet, e postou que “há décadas a cultura no Brasil foi raptada por um processo artificial, excluindo a organicidade da verdadeira cultura brasileira, que é profunda e tem nas mais diversas regionalidades a amostra de sua grande riqueza”.
No mês passado, o publicitário postou que “apelidou-se de ‘cultura’ toda a tralha artificial que a esquerda implantou no Brasil nas últimas décadas”. “Do ódio artificial de raças/sexo ao agora chamado ‘pronome neutro’, tudo foi construído para substituição dos padrões naturais e costumes, ou seja, a própria anticultura.”
Em junho deste ano, Pedri saiu em defesa do médico Victor Sorrentino, acusado de ofensa sexual no Egito após divulgar um vídeo em que ofende uma muçulmana com frases de cunho sexual.
“De olho na quantidade de mau caracters [sic] que estão levando um pai de família como o Vick a passar por desumanidades sem precedentes em um país estrangeiro. Vocês não são brasileiros, são a escória da humanidade. Nojo total”, postou em rede social.
Em março, quando o governador gaúcho, Eduardo Leite, do PSDB, anunciou medidas restritivas tomadas para frear o avanço da Covid-19, Pedri foi um dos bolsonaristas que atacaram o tucano. Segundo ele, a “pretensão de destruir a dignidade” dos gaúchos “jamais será esquecida”.
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