Diretores de startup do CDMF participam de programa de líderes inovadores em Londres
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Diretores de startup do CDMF participam de programa de líderes inovadores em Londres
Além dos 15 participantes brasileiros selecionados pela FAPESP, estavam presentes também 15 participantes da África do Sul e 15 do Chile…
17DEZ2016| 8:39 José Angelo Santilli
Os co-fundadores e diretores nChemi, Bruno Lima e Tiago Conti, trouxeram novas ideias e muito entusiasmo na bagagem ao retornarem de Londres (Inglaterra), onde vivenciaram uma rica experiência internacional por meio do programa Leaders in Innovation Fellowships (LIF), oferecido pela Royal Academy of Engineering de Londres, em parceria com a FAPESP no âmbito do Newton Fund – fundo de fomento à pesquisa e inovação em países emergentes do governo do Reino Unido.
A nChemi é uma startup (empresa nascente com base tecnológica) originada no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiados pela FAPESP, cujo diretor é o professor Elson Longo, do Instituto de Química da Unesp, campus de Araraquara. O CDMF reúne pesquisadores da Unesp, UFSCar, USP, IPEN e Unifesp.
O programa tem como objetivo oferecer aos seus participantes uma vasta gama de ferramentas necessárias para o gerenciamento e desenvolvimento de empresas inovadoras. Tópicos como empreendedorismo, modelos de negócio, liderança e proteção de propriedade intelectual estavam entre os abordados nas duas semanas de programa, entre os dias 28 de novembro e 9 de dezembro . Todas as aulas do programa foram ministradas por especialistas com profundo conhecimento teórico e prático em suas áreas. No último dia do programa cada participante apresentou um pitch de três minutos sobre o seu negócio e baseado nos conhecimentos adquiridos durante o treinamento.
“O programa LIF foi uma oportunidade incrível e a imersão no mundo de inovação e empreendedorismo durante essas duas semanas proporcionou um profundo aprendizado sobre como modelar e gerenciar um novo negócio. O convívio com outros empreendedores do Brasil e dos outros países foi uma experiência fantástica e que tornou esse programa ainda mais enriquecedor. Tenho certeza que grandes amizades e grandes parcerias de negócios foram criadas e que o conhecimento adquirido durante essas duas semanas será fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento da nChemi. Agradeço à FAPESP, ao Newton Fund, à Royal Academy of Engineering e ao CDMF por essa oportunidade única”, declarou Bruno Lima.
Egresso da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde fez mestrado e doutorado, Lima e outros dois sócios fundaram a nChemi com apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da FAPESP. A empresa é voltada a produzir, com preço mais acessível, partículas e materiais em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro) fabricadas hoje no exterior e cujo preço é impraticável para empresas no país interessadas em utilizá-las em seus produtos. Algumas dessas nanopartículas de óxido de molibdênio, ferro, titânio e zircônio, por exemplo, estão sendo aplicadas em células solares orgânicas.
Tiago Conti também elogiou a organização do evento. “A participação no programa LIF trouxe elementos muito importantes para que possamos aumentar o potencial de impacto de nossas tecnologias assim como seu poder de penetração numa economia global, dentre esses posso destacar a propriedade intelectual, comunicação, liderança e negociação. Além disso, a troca de experiências num ambiente internacional de grande excelência é uma vivencia única e transformadora, a qual deixa grandes aprendizados e amizades para uma vida. Agradeço à FAPESP, ao Newton Fund e à Royal Academy of Engineering pela oportunidade maravilhosa e aos professores Elson Longo e Edson Leite por estarem nos apoiando em nossa jornada empreendedora”, declarou.
Além dos 15 participantes brasileiros selecionados pela FAPESP, estavam presentes também 15 participantes da África do Sul e 15 do Chile, todos promissores empreendedores que buscam mudar a realidade de seus países através de ideias inovadoras. A diversidade de nacionalidades e projetos proporcionou um ambiente fértil para a discussão de projetos, troca de experiências, formação de networking e reconhecimento da realidade do empreendedorismo em outros países.
Os bolsistas foram selecionados para o programa com base em critérios como a excelência de seus projetos de pesquisa e o potencial de mercado das tecnologias e inovações que estão desenvolvendo.
As passagens e outras despesas de participação no treinamento são pagas pela Royal Academy of Engineering. A contrapartida da FAPESP é o apoio aos projetos dos participantes por meio do PIPE.
Fotos: Divulgação/CDMF