Araraquara

Dr. Lapena cobra solução para paralisação na CTA


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Dr. Lapena cobra solução para paralisação na CTA,  fomos tratadas como aninais. Eles tiraram a gente que nem, cachorro de dentro do ônibus
9:16| 03/05/2016
Wagner Luiz

Queremos nosso dinheiro de volta”, afirmavam Valéria Cristina Gouveia e Gislaine Marques, duas usuárias do transporte público de Araraquara, na tarde desta segunda-feira, 02 de maio, no terminal de integração, quando os funcionários da CTA decidiram parar as atividades.

Era um sentimento de revolta por parte dos usuários que foram pegos de surpresa quando chegaram ao terminal e não puderam mais seguir viagem.

Por volta das 14 horas as 25 linhas da CTA ficaram sem ônibus e população sem alternativa. Somente as linhas Pinheiro, Campus, Hortênsias e Vale do Sol não pararam. Elas já estão sob a responsabilidade do consórcio.

Os vereadores Dr. Lapena e Juliana Damus, ambos do PP, se solidarizaram tanto com a população como com os funcionários.

O movimento se deve ao não pagamento do ticket alimentação, cerca de R$ 300,00, que está atrasado desde o dia 20 de abril, com a promessa de ser pago hoje. Como não foi acertado, os motoristas iniciaram um movimento grevista surpresa.

“Alguns estão dizendo que não tem nem o que comer em casa. Vivem uma situação de incerteza, pois a grande maioria vai perder o emprego e não será contratada pelo consórcio. E ainda passam por uma humilhação como essa”, disse Lapena, ao constatar a situação.

O parlamentar reiterou que a paralisação afeta diretamente o usuário. A vida de quem depende do transporte vai ser comprometida. “Eu vejo isso como irresponsabilidade do órgão competente. Se a CTA foi extinta, se a prefeitura incorporou o passivo…quem tem que pagar por isso aqui? questionou.

Com o caos instalado no terminal, o presidente da CTA, Silvio Prada, foi até lá, fez uma reunião com os representantes dos trabalhadores e disse que o vale seria pago até a quarta-feira.

A tenção aumentou quando a proposta não foi aceita.

Juliana Damus, por sua vez, lembra que “a população esperou tanto por esse dia, que teria mudança, que teria um transporte de qualidade e hoje não tem ônibus. É lamentável. Ao invés de a prefeitura fazer festa, paga o ticket dos funcionários. Isso é um direito deles. ”

Era uma grita geral, muita reclamação, mas um fato chamou a atenção: um pai com uma criança no colo chorando, querendo ir para casa. Ela estava assustada com o tumulto. Era o retrato de um dia difícil na cidade.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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