Eduardo Paes é aprovado por 22% e reprovado por 36% no Rio, aponta Datafolha
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Após um ano e meio de seu terceiro mandato, ele é aprovado por 22% dos entrevistados, enquanto outros 40% avaliam o governo municipal como regular –1% não soube responder.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), é reprovado por 36% dos eleitores da cidade, de acordo com pesquisa divulgada neste domingo (3) pelo Datafolha.
Após um ano e meio de seu terceiro mandato, ele é aprovado por 22% dos entrevistados, enquanto outros 40% avaliam o governo municipal como regular –1% não soube responder.
O resultado é semelhante à pesquisa divulgada em abril, quando 21% consideravam a gestão de Paes boa ou ótima, 36%, ruim ou péssima, e 42%, regular. Todos os índices variaram dentro da margem de erro, de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
Com o resultado, o prefeito continua com uma avaliação pior do que a detectada em seus dois mandatos anteriores, quando comandou a maior parte das obras na cidade para a Olimpíada de 2016.
Nos dois primeiros mandatos (2009-2012 e 2013-2016), a parcela da população que o aprovava a essa altura era maior (35% e 37%, respectivamente) e que o reprovava, menor (21% e 27%).
Na comparação com seus antecessores em período semelhante de governo, ele só vai melhor do que Marcelo Crivella (Republicanos), em 2018, e Cesar Maia (hoje no PSDB), em 1994.
O levantamento foi realizado entre quarta (29) e esta sexta-feira (1º), e entrevistou 616 eleitores na cidade. Ele está registrado no TSE sob o número RJ-00260/2022 e BR-03991/2022.
A principal crise na atual gestão de Paes é no setor dos transportes. Os corredores de ônibus (conhecidos como BRTs) construídos para a Olimpíada estão com coletivos lotados e mal conservados, estações depredadas e com trechos de asfalto já danificados.
A prefeitura estatizou no ano passado a gestão dos BRTs após uma série de falhas do antigo concessionário. Em janeiro de 2021, 55 das 134 estações estavam fechadas e apenas 120 veículos estavam rodando -contra quase 400 em 2016.
A prefeitura adquiriu novos coletivos, mas as próprias autoridades reconhecem estar longe do ideal. O objetivo é fazer uma nova licitação para operação do serviço.
Os ônibus “comuns” que rodam as ruas da cidade também vivem uma crise. Até o mês passado, 58% das linhas eram consideradas inoperantes –com menos de 20% da frota ideal.
Um acordo judicial entre prefeitura, concessionárias e Ministério Público deu nova perspectiva de solução. Desde o dia 1º de junho, alguns serviços começaram a ser retomados. A readequação total, porém, só ocorrerá em janeiro de 2023.
O redesenho da gestão dos ônibus passa pela adoção do subsídio à tarifa. A partir do acordo, a prefeitura vai pagar às empresas R$ 1,78 por quilômetro rodado pelos ônibus. Entre junho e dezembro, a estimativa é de R$ 307 milhões com esse gasto.
Paes atribui a crise a falhas da gestão do antecessor, Crivella.
A avaliação por renda familiar apresenta índices similares e dentro da margem de erro para as quatro faixas analisadas.
Numericamente, o prefeito tem a pior aprovação entre aqueles que são mais afetados pela crise nos transportes, os mais pobres. Entre os entrevistados que têm renda familiar de até dois salários mínimos, a gestão de Paes é avaliada como boa ou ótima por apenas 17%.
O percentual mais alto de aprovação foi registrado entre os mais ricos: 28%. Este grupo apresenta também a reprovação mais baixa: 24%.
Paes vêm tentando formar uma terceira via na eleição para o governo do estado, atualmente polarizada entre o governador Cláudio Castro (PL), pré-candidato à reeleição, e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB).
O prefeito chegou a ensaiar uma aliança com o PDT, mas ela atualmente está suspensa. Paes insiste na candidatura do ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz, que aparece com apenas 2% das intenções de voto, enquanto os pedetistas querem o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, que tem 7%.
Segundo o Datafolha, a gestão Paes tem aprovação mais alta entre os eleitores de Neves: 38% a consideram boa ou ótima. Entre os entrevistados que declararam intenção de voto em Freixo, que também tenta o apoio de Paes, a aprovação do prefeito vai a 28%.
Nos dois grupos, a desaprovação é mais baixa do que no geral: 22% e 24%, respectivamente.
Os eleitores de Castro são os que mais rejeitam a gestão Paes: 46%. Entre os apoiadores do governador, o prefeito só é aprovado por 20%.
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