Em alta nos EUA, Indy busca ‘efeito Alonso’ para voltar aos anos 90
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Em alta nos EUA, Indy busca ‘efeito Alonso’ para voltar aos anos 90
Os números deste ano seguem a tendência de alta, com a última corrida, realizada no Alabama e que contou com a presença de Fernando Alonso, registrando 470 mil espectadores
22MAI2017| 16h15 - Fórmula Indy - Folhapress
A Fórmula Indy tem comemorado a alta da audiência nos últimos anos, fechando 2016 com 1,28 milhão de espectadores entre as duas emissoras que dividem sua transmissão, a NBCSN e a ABC, melhor número desde 2011. Em 2015, a média ficara em 1,14 milhão e, no ano anterior, não passara de 989 mil.
Os números deste ano seguem a tendência de alta, com a última corrida, realizada no Alabama e que contou com a presença de Fernando Alonso, registrando 470 mil espectadores, com alta de 68% em relação ao ano passado e sendo a maior audiência da história da prova, realizada desde 2010.
Porém, os números são mais baixos, inclusive, do que os da Fórmula 1. O GP da Rússia, realizado na semana anterior à prova de Alabama e com horário pior -começou às 7h da manhã- teve audiência superior, de 512 mil. Para efeito de comparação, a audiência média da Nascar é de cinco milhões de espectadores.
Outro fato que estes dados de crescimento escondem é que as taxas comemoradas hoje são 70% mais baixas do que nos anos 1990, antes da categoria sofrer um racha e ser dividida entre Cart e IRL, algo da qual nunca se recuperou em termos de visibilidade.
Isso os próprios pilotos da F-1 atestam: há quem tenha até se interessado pela Indy na infância, ou seja, antes da divisão entre CART e IRL, em 1996, mas admite que faz tempo que não acompanha a categoria.
“Quando criança, eu torcia e tinha o sonho de correr tanto com F-1, quanto com F-Indy”, revelou Felipe Massa ao UOL Esporte. “Eu via todas as corridas da Indy naquela época, mas depois eu tive a oportunidade de vir para a F-1, passei muitos anos aqui e, ao mesmo tempo, minha mãe, pai e mulher sempre me falaram que não gostariam que eu virasse piloto de Indy, então foi algo que saiu da minha cabeça até por conta disso.”
Lewis Hamilton era outro que assistia à Indy nos anos 1990, especialmente quando o inglês Nigel Mansell foi para a categoria, em 1993, vencendo aquele campeonato.
“Acho que ele vai se dar bem, porque se fizermos uma classificação dos 100 melhores pilotos de todas as categorias, ele certamente está no top 5. Mas não é algo que eu teria interesse em fazer. Eu acompanhava a Indy na época do Mansell, mas depois parei. Se fosse para correr nos EUA, preferiria a prova de Daytona”, disse o inglês, citando a corrida de Nascar.
Hamilton disse ao UOL Esporte, rindo, que não estava planejando ver a corrida de Alonso. “Estarei em um barco com mulheres bonitas e tomando tequila”, afirmou. Mas Massa garantiu que estará ligado na performance do ex-companheiro.
“Sem dúvida, estarei assistindo e torcendo muito, será uma grande experiência para ele. Imagina se ele estreia e vence? Seria algo inédito para alguém que nunca sequer sentou em um carro de F-Indy.”
A largada para as 500 Milhas de Indianápolis será dada às 13h20 do domingo (28) pelo horário de Brasília. Horas antes, a partir das 9h da manhã, acontece o GP de Mônaco de F-1. Em termos de números, os efeitos da presença de Alonso já estão sendo sentidos: a maior audiência dos treinos livres ano passado fora de 76.041 espectadores, enquanto neste ano superou os 600 mil. Com informações da Folhapress.