Em estudo, mestre em Educação pela Uniara analisa efeitos de projeto de leitura em escola rural
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Trabalho de Haidê Augusta da Rosa foi um dos premiados no XVIII Congresso de Iniciação Científica da universidade
A mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Processos de Ensino, Gestão e Inovação – PPG-PEGI – Mestrado em Educação – da Universidade de Araraquara – Uniara, Haidê Augusta da Rosa, foi uma das premiadas, pela originalidade do tema, no XVIII Congresso de Iniciação Científica da instituição, com o trabalho “Café Literário: o desafio de incentivar os alunos do Ensino Médio Integrado ao Técnico à leitura de cânones da literatura – a percepção dos egressos”, orientado pela coordenadora do mestrado, Dirce Charara Monteiro.
“O estudo realizado teve como objetivo verificar os efeitos de um projeto de leitura que é desenvolvido em uma biblioteca de uma escola rural de curso médio e técnico, que busca motivar os alunos no desenvolvimento da prática de leitura, principalmente literatura brasileira, e assim estimular ao hábito e a formação de leitores. Buscou-se com isso também melhorar o desempenho dos alunos em relação à aprovação nos exames vestibulares e o Exame Nacional de Ensino Médio – ENEM, e dar sequência à vida acadêmica, além ainda de verificar o desempenho daqueles que partiram diretamente para o mercado de trabalho”, explica Rosa.
Ela conta que o projeto de estímulo à leitura Café Literário tem sido desenvolvido em uma instituição pública desde 2012. “Por não ter sido avaliado ainda, buscou-se saber o impacto ou benefício dessa atividade na vida acadêmica e profissional dos egressos que participaram desse projeto. O estudo foi finalizado em 2022, pois foi realizado durante o período de frequência do mestrado”, esclarece a egressa.
As principais conclusões, de acordo com Rosa, são em relação às análises dos dados coletados com as entrevistas dos ex-alunos, “pois apresentaram informações importantes sobre os benefícios causados pelas práticas de leitura com os livros clássicos e também com as diversas atividades lúdicas que sucediam a cada leitura e discussão, concluindo que a leitura dos livros denominados clássicos, apesar de ser difícil, com as estratégias utilizadas e as atividades diversificadas, discussões, dramatizações teatrais, danças, etc., favorecem o entendimento, a interpretação e a formação de leitores, o que contribui para um melhor desempenho nas avaliações externas, além ainda de colaborar com os egressos em sua vida acadêmica e profissional, confirmando, portanto, os efeitos positivos que o projeto Café Literário pode resultar”.
“A pesquisa serviu de estímulo também para a pesquisadora e bibliotecária, para dar continuidade ao Café Literário e nas atividades diferenciadas, favorecendo outros alunos que frequentam ou irão frequentar a instituição escolar e, consequentemente, a biblioteca. Esse estudo proporcionou respostas relevantes em relação às questões sociais, pois segundo os entrevistados, os livros lidos e discutidos não só serviram de base para entrada nas universidades e mercado de trabalho, como também para reflexão, porque atribuíram significados que os tornaram mais críticos em relação à sociedade e ao contexto em que vivem”, destaca a egressa.
Muitos entrevistados afirmaram, segundo ela, que a leitura de determinados livros fez compreenderem a realidade onde vivem, “e refletirem sobre a possibilidade de promoverem mudanças nesses contextos, pois podem compreender os fatos sociais e, com a reflexão, se posicionar para a transformação da sociedade”. “E muitos depoimentos afirmam em suas falas o que puderam fazer e favorecer o lugar e as pessoas com quem convivem. Pode-se concluir que a leitura literária ensina o sujeito a ler o mundo e a transformá-lo, pois o hábito de ler é uma prática social, provocando mudanças na vida de quem lê e na sociedade onde atua. Por isso acho de fundamental importância do estímulo à leitura como uma ferramenta positiva para a sociedade”, aponta Rosa.
Em sua visão, formar leitores não é tarefa fácil, “mas projetos bem elaborados e empenho dos profissionais da educação podem trazer resultados satisfatórios a curto prazo para os alunos e a longo prazo para toda a sociedade”. “Ao final do estudo, foi proposta a elaboração de um livreto com estratégias para implantação desse projeto em outras escolas ou instituições que queiram desenvolver projetos de leitura baseados nesse trabalho”, menciona Rosa.
Monteiro ressalta que “a dissertação da Haidê merece muitos elogios, não apenas pela importância do tema, mas pelo papel da biblioteca no desenvolvimento de projetos de incentivo à leitura, como é o caso do Café Literário”. “Ainda mais, destaco a criatividade da Haidê nas atividades desenvolvidas com os alunos, utilizando a dramatização de trechos das obras lidas, dentre outras. É importante lembrar que ela tem divulgado a pesquisa para outras bibliotecas que se interessarem em desenvolver o projeto Café Literário”, finaliza a orientadora.
Informações sobre o Mestrado em Educação da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br/ppg, pelo e-mail mestradoeducacao@uniara.com.br ou pelo telefone/WhatsApp (16) 3301-7341
| IDNews® | Beto Fortunato | Via Assessoria de Imprensa Uniara|