Estados adotam estratégias diferentes de vacinação infantil
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A pasta recomenda que a imunização comece por crianças com comorbidade, deficiência permanente, indígenas e quilombolas
Apesar de recomendações do Ministério da Saúde, são adotadas estratégias diferentes de aplicação.
A pasta recomenda que a imunização comece por crianças com comorbidade, deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Os quatro grupos são norteados por dispositivos legais.
Em seguida, devem vir as crianças que vivem em lar com pessoas com alto risco da evolução grave da Covid. Na sequência, haverá um escalonamento por faixa etária, começando pelos mais velhos.
O próprio ministério diz em nota técnica que a vacinação deve começar pelos grupos amparados pela lei. Em relação ao restante, compete a cada ente a melhor estratégia.
Oito unidades da federação afirmam que irão seguir as diretrizes do Ministério da Saúde: Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí e Tocantins.
Tatyana Amorim, diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto, afirma que a vacinação foi planejada para atender o público pediátrico, que, apesar de não ser o que mais desenvolve doença grave, ainda se configura como vulnerável para internações e óbitos.
“A vacinação não é obrigatória, mas é um ato de amor. Muitas pessoas perderam crianças para a Covid-19 desde o início da pandemia, e a vacinação objetiva a redução de óbitos e de internação pela infecção”, afirmou, em nota.
A maioria dos estados irá seguir em parte as recomendações do ministério. Alguns, por exemplo, não pretendem colocar crianças que moram com pessoas com risco grave em grupo prioritário. Já outros só irão trabalhar com a imunização por faixa etária.
Segundo a Secretaria de Saúde de Goiás, por meio de nota, a vacinação se dará somente por ordem decrescente de idade, ou seja, iniciando com as crianças de 11 anos e sendo, gradativamente, reduzida.
“A pasta entende que é a forma mais simples de ser entendida pela população e executada pelos municípios. É também mais eficiente, sem necessidade de laudos médicos que comprovem, por exemplo, uma comorbidade.”
Os estados também planejam os locais para vacinar as crianças. O governo de São Paulo disse que ao menos 268 escolas de nove municípios estão disponíveis para servir de postos de vacinação.
Em São Paulo, a partir da chegada das doses, a vacinação se iniciará com crianças com comorbidades. Para comprovar a condição, elas precisarão apresentar exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica.
O Ministério da Saúde espera receber 4,3 milhões de doses até o fim de janeiro. As unidades serão distribuídas de forma proporcional para estados e Distrito Federal, responsáveis pela aplicação do imunizante.
Somente a vacina da Pfizer está liberada para ser aplicada em crianças. O pedido do Instituto Butantan para a liberação da vacina Coronavac no público de 3 a 17 anos está em análise na Anvisa.
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