Estudante da Uniara realiza experimento para a obtenção de sistema para desenvolvimento de um novo biopesticida
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Estudo é orientado pelo professor Hernane da Silva Barud
No final de agosto, o estudante do oitavo semestre do curso de Farmácia e aluno especial no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia em Medicina Regenerativa e Química Medicinal – PPGB-MRQM da Universidade de Araraquara – Uniara, Jean Carlos Ferreira Machado, realizou um experimento para a “obtenção de um sistema biopolimérico microencapsulado contendo fungos entomopatogênicos para o desenvolvimento de um novo biopesticida”, de acordo com ele. O estudo é orientado pelo professor Hernane da Silva Barud.
“O trabalho é realizado para que seja aplicado no Manejo Integrado de Pragas – MIP, utilizando o controle biológico, o que pode ser, futuramente, um produto que poderá substituir os defensivos químicos, diminuindo o uso dos famosos agrotóxicos/agroquímicos, os impactos ambientais e a resistência das pragas que afetam as lavouras”, detalha Machado.
Ele conta que os fungos utilizados são o Beauveria bassiana e o Metarhizium anisopliae, “sendo estes os mais usados no controle biológico”. “São os mais estudados para o controle de pragas como cigarrinha das pastagens, percevejos da soja, broca da cana-de-açúcar, broca da bananeira, cigarrinha das folhas, broca-dos-citros, broca-do-café e várias espécies de carrapatos, cupins, gafanhotos e outros insetos”, explica.
O experimento, de acordo com o aluno, refere-se à secagem de um sistema do projeto de iniciação científica do qual é bolsista pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP. “Ele se baseia na secagem de sistemas biopoliméricos contendo fungos entomopatogênicos pela técnica de Spray Drying. Utilizamos essa técnica com a finalidade de microencapsular o fungo no sistema biopolimérico para aumentar o tempo de prateleira do material, sendo esse um fator importante para um produto biopesticida”, explica.
O projeto apresenta alta relevância, segundo Machado, principalmente no setor agro. “É um estudo inovador, que ainda não existe no mercado e, nos últimos anos, a busca pelos biopesticidas tem aumentado muito, sendo um crescimento de aproximadamente 405% só em registros de produtos biológicos”, destaca.
O estudante lembra que o trabalho é realizado no laboratório de Tecnologias Farmacêuticas e Controle Biológico – LATEFBIO da Uniara, coordenado por Barud. “Além disso, esse projeto tem parcerias com o Instituto Biológico de Campinas – IBC”, acrescenta Machado.
Barud, por sua vez, também salienta que se trata de um trabalho de grande relevância nacional. “O agro brasileiro é pulsante, e a busca por defensivos alternativos aos químicos cresce vigorosamente. Estamos na vanguarda desse tipo de pesquisa, visando à obtenção de novos biodefensivos baseados em formulações biopoliméricas. Ressalto a importância do envolvimento do IBC, na presença do professor José Eduardo Marcondes, o que tem possibilitado o intercâmbio de nossos alunos”, diz o docente.
Para o coordenador do PPGB-MRQM, André Capaldo Amaral, “é uma imensa satisfação termos projetos de desenvolvimento e inovação em cooperação com as empresas, em uma área tão estratégica para o crescimento econômico do país, que é a do agronegócio”. “Isso mostra a consolidação das estratégias adotadas pelo Programa e pela universidade na questão da inovação tecnológica vinculada aos programas de pós-graduação”, aponta.
Sobre a questão do uso de pesticidas, ele finaliza dizendo que “tem sido um problema com os riscos associados à saúde, e o desenvolvimento desse controle biológico – biopesticida – traz uma forma talvez muito mais eficiente e ecológica de tratar essa questão das pragas na produção do agronegócio, e logicamente com viés muito forte para a parte da saúde das pessoas, que certamente consumirão esses produtos”.
Informações sobre o curso de Farmácia e o PPGB-MRQM da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.
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