Araraquara

Estudo indica que quase metade das árvores do Centro estão de regular a morta


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Estudo indica que quase metade das árvores do Centro estão de regular a morta
Das demais, 1.018 (27,07%) estão regulares, 581 (15,45%) foram avaliadas como ruins e 58 ou 1,54% do total já estão mortas…

21DEZ2016| 8:39
 Imprensa CAM

Todo ano a cena é parecida: venta e as árvores caem. E a causa disso pode estar ligada ao resultado da primeira etapa de um estudo inédito em Araraquara. Ele mostra que 44% das árvores espalhadas por bairros como Santa Angelina, São Geraldo, Carmo e Centro estão em situação regular, ruim ou até morta. Além disso, quase metade estão sem poda e quando o corte é feito muitas vezes ele é pesado ou drástico. A análise integra o inventário da arborização na região central que começou em março e terminou no fim de novembro.

Idealizado e articulado pelo vereador e presidente da Câmara, Elias Chediek (PMDB), o estudo é desenvolvido por meio de um convênio de quase R$ 50 mil entre a Prefeitura e a Universidade de Araraquara (Uniara). Até o momento, os alunos de Biologia encontraram 3.760 árvores. Eles classificam e identificam a espécie, altura e diâmetro. Com base na fitossanidade – conceito utilizado para classificar a proteção de plantas ao ataque de pragas e doenças que atingem sua saúde – 2.103 árvores ou 55,93% delas estão em situação boa.

Das demais, 1.018 (27,07%) estão regulares, 581 (15,45%) foram avaliadas como ruins e 58 ou 1,54% do total já estão mortas – apesar de continuarem nos locais aumentando o risco de queda. “Isso acaba sendo preocupante por ser comum no período de chuvas termos notícias de quedas de árvores. Com esse estudo será possível planejar uma real política de arborização”, diz a professora do Curso de Biologia, Ana Carolina Buzzo Marcondelli, uma das coordenadoras do projeto ao lado de Flávia Cristina Sossae.

As duas, inclusive, se reuniram essa semana com o presidente da Câmara para apresentar os dados que incluem também a poda de árvores. Do total, 48% estão sem corte. Do restante: 26,7% a poda é leve, 15,9% é pesada e 9% é drástica. Das mais de 3,7 mil árvores, a maior parte é da espécie conhecida popularmente como Alfeneiro com 1.263. Em seguida, mais de 630 Oiti, quase 550 Reseda, além de Quaresmeiras, Murta, Falso-Chorão, entre outras.

O inventário da arborização da cidade foi divido em setores. Nesta primeira etapa envolveu vias públicas como as Avenidas Brasil, Bandeirantes, Barroso, Cristóvão Colombo, Feijó, Espanha, e Ruas Padre Duarte (Quatro), Carlos Gomes (Seis), Expedicionários do Brasil (Oito), Humaita (Nove), Castro Alves (14), e mais outros corredores. No segundo, que já se iniciou e deve terminar em Abril, serão avaliadas as árvores em bairros como o Quitandinha, Carmo, Campos Ville, Santa Lúcia e São José. Ao todo, devem ser analisadas cerca de oito mil árvores.

“O levantamento é censitário, ou seja, árvore por árvore, para poder analisar quais são as espécies, como elas estão, e se precisam de manutenção”, diz Flávia enfatizando a importância de um projeto de extensão levando para a rua o conhecimento adquirido dentro da Universidade. Para Chediek, que trabalhava desde 2013 com a criação e viabilidade financeira para o convênio, o estudo permitirá que o Poder Público seja mais ágil para identificar as árvores que necessitam ser recuperadas.

Essa também é a opinião do secretário municipal de Meio Ambiente, José Antonio Delle Piagge. Com o resultado e o Georreferenciamento, a Secretaria prepara um pacote de ações práticas para cada uma das ruas e avenidas do Centro. “Hoje, o morador pede uma vistoria em frente à sua casa ou o fiscal vê e avalia individualmente a árvore. Com esse estudo poderemos atuar de forma mais ampla, ganhando tempo seja para cuidar da árvore ou removê-la plantando outra em seguida”, destaca o secretário esperando que o inventário seja ampliado para os bairros.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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