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EUA estudam usar bases militares como abrigo para crianças imigrantes


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EUA estudam usar bases militares como abrigo para crianças imigrantes
Locais hospedam crianças que foram separadas dos pais devido ao programa ‘tolerância zero’, assim como adolescentes que fizeram o percurso sozinhos

8:44 |FOLHAPRESS | 2018JUN22 | 

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos estuda a possibilidade de abrigar crianças imigrantes que foram separadas dos pais na fronteira em bases militares, segundo divulgou o Pentágono nesta quinta-feira (21).

O pedido veio do Departamento de Saúde, que administra os abrigos onde as crianças são atualmente mantidas – incluindo 49 brasileiras, conforme revelou a Folha de S.Paulo.

Segundo o Pentágono, foram solicitadas 20 mil vagas temporárias, o que praticamente triplicaria a capacidade atual do sistema de abrigos, que é de 12 mil leitos.

Esses locais hospedam tanto crianças que foram separadas dos pais, devido à nova política de tolerância zero da administração de Donald Trump à travessia ilegal da fronteira, quanto adolescentes que fizeram o percurso sozinhos (normalmente, fugidos da violência em seus países de origem, na América Central).

Quatro bases militares (três no Texas e uma no Arkansas) já foram visitadas por funcionários do governo para estudar a possibilidade.

O Pentágono destaca, porém, que isso “não quer dizer que alguma ou todas as crianças sejam abrigadas nesses locais”.

Foi a ordem executiva assinada nesta quarta (20) pelo presidente Donald Trump, que pretende acabar com a separação de famílias, que abriu a possibilidade de o Departamento de Defesa (DoD, na sigla em inglês) cooperar com a assistência aos menores.

O texto prevê que “o secretário de Defesa deve tomar todas as medidas legais possíveis para, a pedido da secretaria [de Segurança Doméstica], prover quaisquer locais existentes e disponíveis para a hospedagem e cuidado de famílias estrangeiras”.

O documento estabelece inclusive a possibilidade de que o DoD construa novos abrigos com esse fim e seja reembolsado pelo investimento.

“Existem muitos meios alternativos que são mais viáveis, preservam a administração da justiça e fazem sentido”, comentou à reportagem a advogada Bruna Frota, brasileira especializada em imigração e que também atua na área da fronteira.

Atualmente, quase 11 mil crianças imigrantes estão hospedadas no sistema. Dessas, pelo menos 2.000 foram separadas dos pais, segundo dados do governo americano.

O governo ainda não esclareceu como vai fazer para que as famílias permaneçam juntas enquanto transcorre o processo pela entrada ilegal, conforme determinou a ordem executiva de Trump. Com informações da Folhapress.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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