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Araraquara

Ex detenta revela o dia a dia em uma solitária nos EUA


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Ex detenta revela o dia a dia em uma solitária nos EUA

“Estou sendo tratada como criminosa, mas sou a vítima”, ela disse a uma assistente de saúde mental

A ex-presidiária Candie Hailey, presa no complexo penitenciário de Rikers Island, nos Estados Unidos, revelou o dia-a-dia do encarceramento em cela solitária.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, Hailey foi presa por tentativa de homicídio depois de uma briga com três outras mulheres em 2012.

O caso está sendo estudado por especialistas em justiça criminal, que dizem que as autoridades carcerárias usam a solitária com frequência excessiva para castigar detentos, ignorando o efeito que o castigo pode ter sobre homens e mulheres perturbados, como Hailey.

De acordo com a publicação, dos primeiros 29 meses que ficou detida, Hailey passou 27 sozinha numa cela de 1,8 metro por 1,2 metro, com uma cama, uma privada e alguns livros para passar o tempo.

“Eu jogava as fezes em cima de mim”, ela recorda. “Falava: ‘Se vocês vão me tratar como cachorra, é assim que vou me comportar'”.

Após longos períodos de detenção em solitária, Hailey tentou suicídio pelo menos oito vezes, ao longo de três anos de detenção.

Os métodos usados incluíram tentativas de engolir um produto para depilação, comprimidos e substâncias químicas contidas numa bolsa de gelo, bater sua cabeça contra a parede e eletrocussão com cabo telefônico colocado dentro da privada da cela.

De acordo com os psiquiatras que a examinaram, ela era era manipuladora, alguém que se fingia de doente e se feria intencionalmente para escapar da solitária.

“Estou sendo tratada como criminosa, mas sou a vítima”, ela disse a uma assistente de saúde mental, que relatou que ela possuia transtorno de personalidade.

Em maio de 2015, o julgamento durou um mês e absolveu Candie Hailey. Em liberdade, Hailey diz que vem tendo dificuldade em superar o trauma do confinamento.

“Honestamente, acho que eu estaria melhor na prisão”. “Eu diria que já fui ao inferno e voltei. Minha alma morreu, mas meu corpo continua vivo”, conta.

O governo norte-americano, no mês passado, proibiu a detenção solitária de menores de idade para infrações leves em prisões federais – a solitária ainda é a ferramenta correcionais mais comumente empregada em todo o país para manter a ordem.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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