Ex-garupa de Bolsonaro, líder evangélico encontra Alckmin, flerta com Lula e apoia Tarcísio
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Cezinha de Madureira, um dos expoentes da bancada evangélica, foi convidado nesta segunda-feira (21) para um café com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Vice-líder do governo no Congresso e carona do presidente Jair Bolsonaro (PL) na motociata Acelera para Cristo, em junho de 2021, o deputado federal Antonio Cezar Correia Freire (PSD-SP), o Cezinha de Madureira, um dos expoentes da bancada evangélica, foi convidado nesta segunda-feira (21) para um café com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Apoiador de Bolsonaro e do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante as eleições de 2022, Cezinha aceitou o convite e esteve à tarde no escritório de onde Alckmin tem despachado quando está na capital paulista, em meio à articulação da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A conversa durou meia hora. Foi a primeira vez em que dois estiveram juntos. O deputado, que também é pastor, diz que Alckmin busca uma interlocução com o segmento evangélico.
“A igreja esteve muito próxima do presidente Bolsonaro. E todos sabem que o presidente Lula foi eleito aí com uma pauta bem difícil com os evangélicos. O doutor Geraldo é um cara conciliador”, disse o deputado, após encontro com Alckmin, descrevendo o ambiente político em que foi convidado para o café.
Ex-presidente da bancada evangélica, Cezinha representa a Assembleia de Deus do Ministério Madureira. Ele foi um dos articuladores da aliança do PSD, seu partido, com Tarcísio de Freitas, a pedido de Bolsonaro.
Cezinha diz que foi convidado para a transição de Tarcísio no Governo de São Paulo. É cotado para uma secretaria estadual. “Como represento uma liderança nacional, a gente conversa com todos”, justifica.
Ele afirma até que foi sondado –mas não revela por quem– sobre a hipótese de ocupar um assento no ministério do governo Lula. Não descarta uma participação. “Tinha sido sondado por algumas pessoas próximas do presidente Lula se toparia assumir alguma pasta para fazer essa interlocução com evangélicos, e hoje fui surpreendido com esse convite do doutor Geraldo”, afirma.
Segundo o deputado, o encontro aconteceu a pedido de um amigo que sugeriu que Alckmin tomasse esse café com ele.
Cezinha de Madureira lembra ter sido eleito na base de Bolsonaro, e, “em muito especial, com o Tarcísio aqui”. Ele afirma que aproximou Tarcísio de São Paulo a pedido do atual presidente. “Eu trouxe o Tarcísio em janeiro para nós começarmos a montar um trabalho aqui. Na sequência, consegui trazer o [Gilberto] Kassab [presidente nacional do PSD] para colocar o vice”, diz.
“Como nós nos tornamos uma liderança no mundo evangélico nacional, fui presidente da bancada evangélica, vice-líder do presidente Bolsonaro no Congresso e na Câmara, avançamos em muitas pautas e muitas interlocuções”, afirma Cezinha.
Apesar da conversa com Alckmin, a quem Lula tem chamado de companheiro, o deputado afirma que se manterá fiel à agenda conservadora. “Vamos continuar com nossa lealdade ao grupo de direita. Doutor Geraldo é um homem de direita”, afirma.
O deputado afirma que manterá sua lealdade, “em especial, a Tarcísio”, mas diz que “política é a arte de conversar”.
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