Fator Zubeldía: veja cinco pontos que explicam mudança do São Paulo com o treinador
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Em quatro partidas à beira do gramado, o comandante viu o tricolor paulista vencer três partidas e empatar uma
Invicto há cinco partidas, o São Paulo vive boa fase sob o comando do técnico Luis Zubeldía. Em duas semanas no cargo, o argentino de 43 anos conseguiu mudar o comportamento da equipe apesar do poucos treinos e renovou as esperanças do torcedor na briga por títulos neste ano.
Em quatro partidas à beira do gramado, o comandante viu o tricolor paulista vencer três partidas e empatar uma, o clássico com o Palmeiras.
Confira abaixo cinco pontos que ajudam a explicar a mudança do time com Zubeldía:
JAMES FORA E LUCIANO POTENCIALIZADO
Mesmo recuperado de dores musculares, James Rodríguez não foi relacionado para o duelo com o Vitória, vencido pelo time paulista por 3 a 1, no Barradão, no domingo. O craque colombiano ainda gera muita expectativa no torcedor, mas se depender de Zubeldía, o meia não terá cadeira cativa e terá de demonstrar que merece uma vaga na equipe.
“Se não está o James, é porque considero que tem que estar outros companheiros. Tenho clara qual é a minha profissão e tenho clara qual é a minha responsabilidade. Um treinador vive tomando decisões, e tratamos junto com o meu estafe que essas decisões sempre sejam em favor do grupo e que sejam, em sua maioria, positivas”, disse o treinador, em coletiva após o jogo com o Vitória.
Zubeldía tem optado por escalar Luciano mais centralizado, atrás do centroavante. Reserva com Dorival Júnior, o camisa 10 começou a temporada como titular após as lesões de Nestor e Lucas, mas jogando pelo lado. Ele ganhou atenção especial após a chegada do novo treinador. O argentino revelou que sua equipe analisou jogos de 2023 para saber onde o atleta poderia render mais em campo.
VITÓRIA FORA DE CASA
Os rivais chegaram a apelidar o São Paulo de time “home office” no ano passado pelo fato de o time não ter vencido nenhuma partida fora de casa no Brasileirão. Em 2024, o São Paulo havia vencido apenas três partidas longe do MorumBis com o técnico Thiago Carpini (Corinthians, Ituano e Inter de Limeira) em 17 jogos – o empate com o Palmeiras na final da Supercopa do Brasil foi realizado em campo neutro.
Zubeldía alcançou a mesma marca em apenas quatro jogos, derrotando Barcelona de Guayaquil (Equador), Águia de Marabá (Pará) e Vitória (Salvador). A outra vitória fora de casa da equipe no ano foi o 3 a 0 sobre o Atlético-GO, com o interino Milton Cruz comandando o time.
RECUPERAÇÃO DE ALAN FRANCO
O zagueiro argentino Alan Franco até começou a temporada como titular, mas aos poucos foi perdendo espaço com Carpini, mesmo em um esquema com três defensores, e chegou a não ser nem relacionado para algumas partidas. O atleta voltou a ser utilizado com o interino Milton Cruz contra o Atlético-GO e chamou a atenção de Zubeldía, que manteve o compatriota entre os titulares nas partidas seguintes.
Com Zubeldía, o zagueiro ficou fora apenas contra o Águia de Marabá, quando foram escalados majoritariamente reservas. Em 2024, o São Paulo ainda não perdeu com Alan Franco em campo e sofreu apenas um gol com o argentino no time desde a chegada do novo técnico.
RODAGEM DE ELENCO
Em apenas quatro partidas, Zubeldía já utilizou 27 atletas diferentes. Entre eles, jovens das categorias de base, como Rodriguinho, Patryck, João Moreira, William Gomes e Juan. Este último aproveitou a oportunidade e marcou dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Águia, mostrando que pode ser útil no elenco tricolor.
PRESSÃO CONSTANTE
Uma das principais reclamações dos são-paulinos com Carpini era o fato de o time colocar o pé no freio quando tinha o resultado a seu favor, passando sufoco na reta final das partidas. Em alguns jogos, como na vitória por 2 a 0 sobre o Cobresal, o time sofreu contra adversários mais fracos e provocando as vaias do torcedor.
Uma das características do time de Zubeldía é a ampla posse de bola, buscando pressionar constantemente o adversário. Em todas as partidas, o time tricolor terminou com mais posse e finalizações do que o adversário. São oito gols marcados (média de 2 por partida) e apenas dois sofridos nos últimos quatro jogos.
BARCELONA 0 X 2 SÃO PAULO
Posse de bola: 32% x 68%
Finalizações: 13 x 10
Finalizações no gol: 4 x 4
SÃO PAULO 0 X 0 PALMEIRAS
Posse de bola: 58% x 42%
Finalizações: 16 x 9
Finalizações no gol: 1 x 3
ÁGUIA DE MARABÁ 1 X 3 SÃO PAULO
Posse de bola: 24% x 76%
Finalizações: 4 x 22
Finalizações no gol: 3 x 9
VITÓRIA 1 X 3 SÃO PAULO
Posse de bola: 33% x 67%
Finalizações: 6 x 20
Finalizações no gol: 2 x 7
| IDNews®| Beto Fortunato | Via NBR | Estadão Conteúdo|