Fifa decide excluir Brasil do Tour da Taça da Copa do Mundo de 2018
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Fifa decide excluir Brasil do Tour da Taça da Copa do Mundo de 2018
Será a primeira vez desde que o Tour da Taça teve início, antes do Mundial de 2006, que o troféu mais cobiçado do planeta não visitará o único país pentacampeão
15SET2017| 7:31 - FIFA - Foto: © Reuters / Maxim Shemetov
Otroféu da Copa do Mundo deixou o Museu da Fifa, em Zurique, na Suíça, para visitar até junho do próximo ano 50 países em seis continentes, além de 24 cidades na Rússia, mas não passará pelo Brasil. Será a primeira vez desde que o Tour da Taça teve início, antes do Mundial de 2006, que o troféu mais cobiçado do planeta não visitará o único país pentacampeão.
Ainda de acordo com a Fifa, o objetivo é levar o troféu a novos territórios. “Em 2018, passaremos em 24 novas federações de futebol que nunca foram visitadas antes, enquanto tentamos garantir a maior presença global possível”. A Fifa não divulgou o custo da turnê, que passará pelos países que sediaram os últimos sete Mundiais, com exceção do Brasil: México-1986, Itália-1990, Estados Unidos-1994, França-1998, Japão-2002, Alemanha-2006 e África do Sul-2010.
O Estado, no entanto, apurou com fontes na CBF e na Fifa que um dos fatores que mais influenciaram a ausência do Brasil no Tour da Taça foram acordos comerciais assinados pelas duas entidades. Com patrocinadores rivais, Fifa e CBF só chegaram a um acordo para que o troféu visitasse o País em 2014 para uma longa turnê depois de muito debate sobre como evitar que as marcas da seleção brasileira fossem expostas em eventos com a taça. No caso de 2014, não havia como evitar o mercado brasileiro, sede do Mundial.
Para a Copa da Rússia, a Fifa e seus parceiros comerciais optaram por buscar mercados sem marcas concorrentes, evitando dar espaço para empresas rivais. Na América do Sul, por exemplo, são os casos de Chile, Argentina e Colômbia, os três países escolhidos pela Fifa para a visita da taça.
PESO POLÍTICO
Nos bastidores da Fifa, a interpretação também é de que se o Brasil tivesse maior influência na cúpula do futebol mundial esse obstáculo comercial seria superado. Aspectos financeiros e políticos também tiveram peso decisivo na exclusão do País. Existem ainda pendências entre o Comitê Organizador da Copa de 2014 que continuam sendo negociadas com a Fifa.
A avaliação é de que a CBF, considerada pela Fifa como a maior confederação nacional de futebol do mundo, teria, em outros tempos, a capacidade de exigir fazer parte da turnê. Desde 2015, após a prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin, acusado de corrupção, Marco Polo Del Nero, atual comandante da entidade, não viaja para fora do Brasil pelo risco de também ser detido. Com informações do Estadão Conteúdo.