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‘Foi um episódio triste, mas o Zé admitiu o erro’, diz Tony Ramos


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‘Foi um episódio triste, mas o Zé admitiu o erro’, diz Tony Ramos
Ele defendeu o direito de as atrizes e funcionárias da Globo se manifestarem

09ABR2017|8h33 – Folhapress

“Não estamos aqui para crucificar ninguém”, antecipou Monica Iozzi, ao falar sobre o caso de assédio sexual envolvendo o ator José Mayer. “Mas foi muito bonito ver a movimentação das atrizes”, disse, nesta quinta-feira (6), em entrevista à imprensa por ocasião do lançamento da série “Vade Retro”.

Em um relato publicado no blog “#AgoraÉQueSãoElas”, da Folha de S.Paulo, no dia 31 de março, a figurinista Susllem Tonani, 28, acusou o ator José Mayer de tê-la assediado.

“Acho que estamos vivendo a primavera das mulheres, precisamos falar abertamente sobre assédio moral e sexual, aproveitar a visibilidade da nossa profissão para falar sobre esses assuntos”. A atriz foi uma das funcionárias da emissora que demonstraram apoio à figurinista, vestindo camisetas com os dizeres #MexeuComUmaMexeuComTodas.

Iozzi afirmou que, desde que se posicionou, foi procurada por diversas pessoas, inclusive por sua mãe, que ligou para “entender o que era esse negócio de assédio” e que compartilhou casos que já vivenciou.

Ela nega que tenha passado por situação semelhante ao longo de sua carreira nas telas, mas lembra de como era tratada quando trabalhava como hostess de eventos. “Vinham falar comigo como se eu vivesse do meu corpo. Admiro quem tem a coragem de viver assim, mas não era o meu caso.”

Para Iozzi, o episódio mostrou como a empresa está aberta para essas críticas. Seu parceiro na tela, Tony Ramos, concorda. “Não vamos ser corporativistas, se a Globo não se posicionasse, toda a imprensa estaria cobrando e noticiando”, disse, contradizendo o ex-diretor da emissora, Boni, que disse ter sido sensacionalista por parte da Globo em noticiar seus problemas internos.

“Foi um episódio triste, mas o Zé admitiu o erro e se desculpou. As meninas estão no direito de se manifestarem, devem falar quando algo do tipo acontecer”, disse Ramos.

Maria Casadevall, que também participa da série escrita por Fernanda Young e Alexandre Machado, também opinou.

“O que vem acontecendo hoje é uma adesão ampla, inclusive no audiovisual, que é um meio extremamente machista. É importante que o debate ganhe espaço dentro da sociedade no geral”, disse Casadevall. “Precisamos louvar todo e qualquer ato de coragem, principalmente vindo de uma mulher. A história é criada por esses atos de coragem que vão incentivando outras minorias.” Com informações da Folhapress.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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