Fungos evoluem e se tornam ameaça à saúde humana; diz estudo
A pesquisa, publicada na revista Nature Microbiology em junho, sugere que essa evolução está relacionada às alterações climáticas
Embora existam milhões de espécies de fungos no ar, apenas 20 são consideradas nocivas aos seres humanos. No entanto, um novo estudo internacional levanta sérias preocupações ao revelar que alguns fungos estão evoluindo para infectar humanos.
A pesquisa, publicada na revista Nature Microbiology em junho, sugere que essa evolução está relacionada às alterações climáticas. Normalmente, a maioria dos fungos não suporta altas temperaturas, e a temperatura média do corpo humano (36°C) era considerada elevada demais para eles. No entanto, outros estudos mostraram que algumas espécies de fungos conseguem crescer em temperaturas mais altas, o que faz com que a barreira térmica dos mamíferos deixe de funcionar.
Mutações e Adaptação:
Além disso, a pesquisa também observou que fungos que sobrevivem em temperaturas mais altas apresentam uma maior taxa de mutação em suas colônias. Isso significa que eles podem se adaptar mais rapidamente a novos ambientes e hospedeiros, incluindo o corpo humano.
Os estudos começaram com a análise de infecções fúngicas em 98 hospitais da China entre 2009 e 2019. Nessa análise, os pesquisadores identificaram dois pacientes infectados por um grupo de fungos que até então não eram nocivos para humanos.
Ao isolarem os fungos em laboratório, os pesquisadores descobriram que eles conseguiam infectar camundongos com o sistema imunológico comprometido. Isso demonstra o potencial de esses fungos evoluídos causarem doenças em humanos.
“Esse estudo mostra que o mesmo mecanismo pode ocorrer em outros organismos que não causam doenças, o que significa que eles podem se adaptar para causar doenças em humanos”, afirma Jatin Vyas, especialista em fungos da Faculdade de Medicina de Harvard.
Ao isolarem os fungos em laboratório, os pesquisadores descobriram que eles conseguiam infectar camundongos com o sistema imunológico comprometido. “Esse estudo mostra que o mesmo mecanismo pode ocorrer em outros organismos que não causam doenças, o que significa que eles podem se adaptar para causar doenças em humanos”, afirma Jatin Vyas, especialista em fungos da Faculdade de Medicina de Harvard.
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