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Haddad, França, Tarcísio e Rodrigo comemoram novo Datafolha ao Governo de SP


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Fernando Haddad (PT) lidera a corrida para o governo de São Paulo


Os principais pré-candidatos ao Governo de São Paulo dizem ver como positivos os resultados da pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (7).

Entre aliados de Fernando Haddad (PT) e de Márcio França (PSB), o levantamento serviu de base para que cada lado defenda sua candidatura e pressione pela desistência do rival.

Para Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), os números mostram que ele está bem posicionado e tem “potencial de crescimento considerável”.

Na equipe de Rodrigo Garcia (PSDB), o clima é de comemoração e surpresa pelos números em um dos cenários mostrarem ele empatado em segundo lugar com Tarcísio.

O Datafolha aponta que Haddad lidera a corrida para o Palácio dos Bandeirantes em cenários com a presença de França na disputa e sem ele.

No cenário em que o ex-governador concorre, Haddad tem 29% das intenções de voto, França tem 20%, o ex-ministro Tarcísio, 10%, e o agora governador Rodrigo, 6%, empatados no limite da margem de erro.

Sem França na disputa, Haddad amplia a vantagem para 35% e o tucano ganha força. Nesse caso, a segunda colocação fica dividida entre Tarcísio e Rodrigo, cada um com 11% -o que mostra a divisão dos votos do nome do PSB entre o ex-prefeito e o governador.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, embora o cenário em que Haddad e França concorram ao Bandeirantes seja cogitado, o PT ainda espera contar com a aliança com o ex-governador no primeiro turno. A ideia é replicar a união nacional, em que Lula (PT) deve contar com Geraldo Alckmin (PSB) no posto de vice.

França, no entanto, resiste e mantém sua candidatura. Na manhã desta sexta (8), ele voltou a argumentar que sua candidtura é mais ampla que a de Haddad por alcançar eleitores fora da esquerda –inclusive bolsonaristas.

Ele afirmou que a questão deve ser resolvida pelos presidentes de PT e PSB, mas admitiu que a hipótese de que Lula-Alckmin tenham dois palanques em São Paulo é hoje a mais provável.

França também reforçou sua proposta de que o impasse seja resolvido com uma pesquisa, em maio ou junho, que considere rejeição e uma simulação de segundo turno entre ele e Haddad. Até lá, sua proposta é de que ele, Haddad, Lula e Alckmin percorram o estado.

Entre estrategistas de Haddad, a pesquisa também foi vista com bons olhos, já que o ex-prefeito paulistano mantém a liderança isolada. Para os petistas, está claro que França, segundo colocado, é que deve abrir mão e concorrer ao Senado.

Aliados do petista consideraram a sua rejeição razoável e acreditam que ele chegará ao segundo turno ao repetir a performance de Lula no estado.

Para a campanha de Tarcísio, os resultados da pesquisa são otimistas. “Nossa pré-candidatura está muito bem posicionada e tem a menor taxa de rejeição dentre todos postulantes, o que mostra potencial de crescimento considerável”, afirma ele em nota enviada por sua assessoria.

“Esse bom desempenho é resultado do reconhecimento do trabalho técnico e eficiente que realizamos no Ministério da Infraestrutura. É essa experiência de gestão que nós queremos levar para São Paulo”, segue o texto.

O grupo de Rodrigo não esperava que ele fosse alcançar Tarcísio tão rapidamente. Nas contas das redes de aliados, inclusive, já circulam montagens exaltando esse aspecto.

Um dos pontos positivos ressaltados pelo entorno do tucano é que, por ser menos conhecido que outros candidatos, sua pontuação tende a crescer, uma vez que outros candidatos, como França e Haddad (PT), têm forte recall.

O cenário para Rodrigo, que foi vice de João Doria (PSDB), e para o ex-ministro da Infrestrutura são semelhantes: eles têm baixo conhecimento do público, baixa rejeição e um padrinho problemático, mal avaliado em São Paulo.

A mesma pesquisa mostrou que Bolsonaro e Doria são os padrinhos políticos que mais atrapalham nessa eleição estadual.
Tanto Rodrigo quando Tarcísio são conhecidos apenas por 38% dos eleitores ouvidos. A rejeição do tucano é de 17%, contra 16% do candidato de Bolsonaro.

Rodrigo assumiu o governo no início deste mês, logo, espera-se que o índice de conhecimento dele aumente bastante a partir de agora.

Ele tem feito agendas com grande frequência na capital e, pelo menos duas vezes por semana, no interior. Além disso, mudou o estilo de entrevistas coletivas frequentes do ex-governador João Doria (PSDB), de quem pretende se descolar, e fará mais agendas na rua.

No cenário em que França concorre ao governo paulista, a pesquisa Datafolha traz o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD) e o deputado federal Vinicius Poit (Novo) com 2% das intenções de voto, também empatados no limite da margem com Rodrigo, e o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB) e o metroviário Altino Junior (PSTU), com 1%.

Brancos, nulos ou nenhum somam expressivos 23%, e 7% dizem não saber em quem vão votar.

Esse cenário tem sido visto como interessante pelo PT, pois daria dois palanques para Lula (Haddad e França) e colocaria obstáculos para o crescimento visto como inevitável de Rodrigo, que acaba de assumir o governo, no campo à direita.

Sem o ex-governador, Felício mara 3%, Altino e Poit, 2% cada, e Weintraub, 1%.

A pesquisa também mostra que o pleito ainda não pegou. Na declaração espontânea de voto, 67% dizem não saber em quem vão votar. Nela, Haddad tem 6%, Tarcísio tem 5% e Rodrigo, 1%. Nomes fora da disputa aparecem, como Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 2%, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 1%.

O instituto ouviu 1.806 moradores de 62 cidades paulistas nesta terça (5) e quarta (6). A margem de erro do levantamento, registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-03189/2022, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

| IDNews® | Folhapress | Via NMBR |Brasil

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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