Internações por Covid-19 têm queda de 32% em um mês na capital paulista
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Internações por Covid-19 têm queda de 32% em um mês na capital paulista
Trata-se da menor quantidade de pessoas atendidas em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ou enfermaria dos últimos cinco meses na capital, já que em 7 de fevereiro eram 966 pessoas internadas
O número de pessoas internadas na cidade de São Paulo devido a Covid-19 vem apresentando queda nos últimos meses.
Na última quarta-feira (7), 1.247 pessoas estavam internadas na rede pública municipal da capital para tratamento do coronavírus número 32% inferior as 1.847 registradas no mesmo dia de junho.
Trata-se da menor quantidade de pessoas atendidas em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ou enfermaria dos últimos cinco meses na capital, já que em 7 de fevereiro eram 966 pessoas internadas.
Se analisada apenas a quantidade de pessoas em UTIs, a queda também é de 32% (passou de 1.019 em junho para 695 em julho). A maior retração, no entanto, foi a das internações em leitos de enfermaria, numa desaceleração de 35,6% no período (passou de 858 há um mês para os atuais 552).
Especialistas ouvidos pela reportagem, entretanto, analisam com ressalvas os números. Segundo eles, se por um lado a vacinação já mostra os seus efeitos, por outro, a consistência da queda dependerá do impacto de novas variantes, sobretudo a delta.
“Ainda não dá para saber se essa queda é consistente”, afirma o infectologista Marcos Boulos, professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e integrante do Centro de Contingência do Coronavírus do governo de São Paulo, que assessora a gestão João Doria (PSDB) nos cuidados com a pandemia.
Segundo o médico, a maior transmissibilidade da variante delta, que teve um paciente confirmado na capital no início da semana, pode vir a aumentar o número de casos e, consequentemente, o de internações. “Se analisarmos locais tais como Inglaterra e Portugal, veremos que eles também estavam com números muito bons até a chegada da cepa delta”, diz.
Segundo o epidemiologista Eliseu Alves Waldman, professor do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP, após os picos de março e abril deste ano, a quantidade de casos de fato vem caindo, conforme demonstram os números.
Entretanto, ele alerta que a situação ainda é muito séria. “Está caindo mas o patamar ainda é mito alto”, afirma.
Dados dos boletins emitidos pela Prefeitura de São Paulo indicam que os números atuais são superiores aos registrados no dia 7 de julho de 2020, quando estavam internadas um total de 1.174 pessoas, sendo 531 em leitos de UTI.
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