Policia

Jovem baleada por ex diz ter pedido ajuda à polícia: ‘nada foi feito’


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Jovem baleada por ex diz ter pedido ajuda à polícia: ‘nada foi feito’
  Paulo Henrique Goulart Nóbrega, de 43 anos, atirou em Caroline de Assis Martins, de 24, e no atual companheiro dela e depois se matou

7:50 |RIO DE JANEIRO | 2018JUL05 |

Caroline de Assis Martins, de 24 anos, e o seu atual companheiro foram alvos de um ataque a tiros realizado pelo ex-namorado da jovem, o corretor de imóveis Paulo Henrique Goulart Nóbrega, de 43 anos, na última sexta-feira (29), no Rio. Ainda assustada, Caroline concedeu uma entrevista ao Extra, na qual revelou ter registrado queixa e pedido medidas protetivas à Justiça.

Caroline foi atingida três vezes: ela tem duas balas alojadas no corpo, sendo uma no peito e outra no braço esquerdo, e o terceiro tiro atingiu o braço direito. Ela já recebeu alta médica. O namorado foi baleado no peito e segue internado em estado grave.

A jovem afirma que era perseguida e ameaçada pelo ex-namorado há quase seis meses, pois ele não aceitava o fim do relacionamento. Caroline conta que ainda não consegue atender números desconhecidos, pois o ex sempre ligava para amedrontá-la.

Paulo Henrique foi encontrado morto nessa terça-feira (3) dentro de uma casa em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. A suspeita é que ele tenha se matado.

Eu ainda tenho medo. Estou há quase seis meses nessa agonia, então ainda não caiu a ficha. Ao longo desse tempo, não teve um dia que eu tenha conseguido manter minha rotina. Minha vida parou de tal forma que eu ainda não consigo acreditar que chegou nesse ponto.”

De acordo com a jovem, ela conheceu Paulo em outubro de 2016, por meio de amigos em comum. Após dois meses de troca de mensagens, marcaram um encontro e começaram a namorar em seguida.

Ele se mostrava muito educado, falava bem, era bem instruído. Realmente sabia se portar em qualquer situação. Mas com o passar do tempo, fui percebendo que ele tinha mudanças de humor repentinas em fatos cotidianos. Eram fatos como um flanelinha pedindo dinheiro ou um garçom cobrando os dez por cento. Essas coisas de repente tiravam ele do sério. Ele ficava explosivo. Simplesmente deixamos de sair porque eu ficava com medo do que poderia acontecer. Minha vida social acabou. Passei a viver numa prisão.”

A jovem chegou a morar seis meses com Paulo Henrique e voltou para a casa dos pais após o fim do relacionamento. O namoro acabou por conta de uma discussão em uma viagem no ano passado.

Segundo Caroline, o ex-namorado não aceitou o término e sempre aparecia na casa dela pedindo para retomarem o relacionamento. “Com o término, esse comportamento dele se agravou de maneira absurda. Era impressionante: ele chorava e implorava para voltarmos e de repente, do nada, ficava explosivo e xingava todos que estavam em volta”, contou.

Ao descobrir que ela estava com outra pessoa, em maio deste ano, o corretor se descontrolou e invadiu a casa dos pais dela armado. Ele agrediu a ex, disse que a mataria e cometeria suicídio, mas fugiu.

No dia da primeira invasão, a vítima esteve na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Jacarepaguá para registrar queixa. Relatou as ameaças e disse que o ex estava armado. Ela pediu medidas protetivas, que foram concedidas pela Justiça. Dias depois, ela voltou à delegacia para relatar que continuava sendo perseguida e que teve as redes sociais hackeadas. Na sexta-feira (29), dia do último ataque, Caroline esteve pela última vez na DEAM para informar que havia sido novamente ameaçada.

A Justiça foi muito falha e a polícia também. Pedi ajuda, registrei as ameaças e nada foi feito. Ele chegou a me mandar um áudio dizendo que sabia das medidas protetivas, mas não tinha sido intimado, então não cumpriria nada. Deixaram acontecer o pior.”

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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