Justiça

Justiça Eleitoral manda tirar do ar vaquinha falsa feita em nome da pré-campanha de Boulos

A identidade do criador da arrecadação será investigada


O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Antonio Maria Patiño Zorz, determinou a retirada do ar de uma campanha falsa feita no site vakinha.com.br em nome do pré-candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL). A identidade do criador da arrecadação será investigada.

A ação foi proposta pelo deputado federal psolista. “De acordo com o representante Guilherme Castro Boulos, trata-se de campanha falsa para arrecadação irregular de recursos eleitorais (…) aduz que seus dados foram utilizados de forma fraudulenta para obtenção de vantagens financeiras”, citou o magistrado na decisão liminar do último dia 26 de junho.

A meta do perfil falso, que usou uma foto de Boulos com Lula e o ministro Fernando Haddad, é de R$ 50 mil, mas há registro de apenas uma doação, no valor de R$ 5. Até o momento, o ‘Vakinha’ não retirou a falsa campanha do ar. De acordo com os autos, a publicação com a intimação foi realizada nesta segunda-feira, 1º. O Estadão não conseguiu falar com o site de vaquinhas. O espaço está aberto. No portal, há um guia publicado na tentativa de alertar usuários sobre tentativas de golpe.

Liminarmente, o juiz determinou a retirada da página do ar e que o ‘Vakinha’ forneça os dados do usuário, como IP, data, hora e portas lógicas. Depois de retirar a página do ar, o site deverá juntar aos autos a comprovação do cumprimento liminar. Caso não desative a vaquinha, o site será multado em R$ 10 mil por dia.

No site oficial do ‘Vakinha’, há algumas dicas para evitar golpes. “Infelizmente, algumas notícias de vaquinhas falsas têm deixado nossos usuários preocupados. São pessoas mal intencionadas que se valem da boa vontade de pessoas do bem para tentar arrecadar dinheiro. Embora ainda sejam uma minoria (representam menos de 1%), as vaquinhas falsas merecem uma atenção especial da nossa equipe e dos nossos usuários”, afirma o portal na postagem.

Para vítimas que fazem doações e depois descobrem se tratar de um golpe, o site também informa ter um prazo para recuperação do dinheiro antes que fique disponível para o criminoso sacar. “Se você acabar doando para uma campanha falsa, dentro do site do Vakinha, não se preocupe. Todas as doações, antes de ficarem disponíveis para o saque, ficam em ‘quarentena’ por 14 dias. Ou seja, você terá pelo menos esse prazo para solicitar um estorno do valor. Basta entrar em contato conosco”, informaram.

| IDNews®| Beto Fortunato | Via NBR | Estadão Conteúdo|

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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