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Justiça italiana dá primeiro passo para extradição de Robinho após condenação


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A Procuradoria de Milão registrou o pedido de execução da pena nesta semana


A Justiça italiana deu o primeiro passo para pedir a extradição e a apresentação de um mandado de prisão internacional do atacante Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, condenados a nove anos de prisão no último dia 19 por violência sexual. A Procuradoria de Milão registrou o pedido de execução da pena nesta semana.

A Constituição Brasileira, promulgada em 1988, não permite a extradição de brasileiros. Por outro lado, o pedido internacional de prisão permite que a dupla seja detida se viajar para fora do País. A Itália também pode solicitar ao governo brasileiro que os dois cumpram a pena do Brasil, mas a possibilidade é remota. O código penal limita a homologação de sentença estrangeira.

De acordo com o jornal Corriere Della Sera, os próximos passos são a coleta de documentos para confirmar a identidade dos dois condenados e a fase de execução propriamente dita, com o envio do pedido de extradição ao Ministério da Justiça. Em seguida, ele deverá ser encaminhado às autoridades brasileiras.

Robinho e Falco foram condenados pela justiça italiana por abusar sexualmente de uma mulher albanesa numa boate em Milão, em janeiro de 2013. A vítima afirmou que seis homens participaram do ato de violência. A dupla brasileira afirma que a relação foi consensual.

A sentença de primeira instância, que já previa a condenação, foi anunciada 2014. Em outubro de 2020, o jogador chegou a ser contratado pelo Santos, mas uma série de protestos fez com que o Santos suspendesse o acordo.

Após a condenação na segunda instância, em dezembro, a juíza Francesca Vitale disse que “a vítima foi humilhada e usada pelo jogador e seus amigos para satisfazer seus instintos sexuais”.

Após a condenação na terceira e última instância, não restam mais recursos para os acusados. O processo contra os outros quatro homens envolvidos no caso está suspenso até o momento, mas pode ser reaberto com a decisão da justiça italiana.

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Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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