Justiça liberta babá suspeita pela morte de criança deixada em carro
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Justiça liberta babá suspeita pela morte de criança deixada em carro
O advogado de defesa de Gláucia Aparecida Luiz, Lucas Formiga Hanada, afirmou por meio de nota, nesta sexta-feira (10), que sua cliente foi solta após a 4ª Vara Criminal aceitar o pedido de liberdade provisória feito por ele no último dia 3
A babá de 35 anos presa em flagrante suspeita de deixar um garoto de dois anos dentro de um carro, que morreu após ficar pouco mais de três horas dentro do veículo, no último dia 25 em Bauru (329 km de SP), foi solta pela Justiça na última quinta-feira (9).
O advogado de defesa de Gláucia Aparecida Luiz, Lucas Formiga Hanada, afirmou por meio de nota, nesta sexta-feira (10), que sua cliente foi solta após a 4ª Vara Criminal aceitar o pedido de liberdade provisória feito por ele no último dia 3.
“A defesa também reforça que Gláucia sempre estará à disposição da Justiça para esclarecer os fatos perpetrados”, disse o advogado da babá.
Ele também falou, que até o envio da nota à imprensa, ocorrido por volta das 10h40 desta sexta, o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) não havia apresentado denúncia contra Gláucia, “não sendo possível concluir se ela responderá pelo crime doloso ou culposo [com e sem intenção, respectivamente].”
“A defesa ainda mantém a posição de ser prematuro enquadrar a conduta de Gláucia no dolo eventual, até porque o acervo probatório dos autos é extremamente frágil para a convicção do elemento subjetivo de Gláucia, que demandará de uma análise profunda dentro do processo judicial, observando-se os princípios da ampla defesa e do contraditório”, conclui Hanada.
O promotor de Justiça Criminal de Bauru, Alex Ravanini Gomes, afirmou por meio de sua assessoria de imprensa não ter tomado ciência formal sobre o caso.
A Promotoria disse ter se manifestado contra à liberdade de Gláucia, alegando que a denúncia formal ainda não foi feita, pois há diligências “em andamento” e a serem cumpridas pelo Instituto de Criminalística, da Polícia Civil, “além de outras diligências relevantes às circunstâncias do fato.”
O CASO
Gláucia Aparecida Luiz foi presa em flagrante suspeita de deixar Arthur Oliveira dos Santos, de 2 anos, dentro de um carro por pouco mais de três horas, na tarde de 25 de agosto deste ano em Bauru (329 km de SP). A criança morreu.
A mulher afirmou à polícia, na ocasião, que deixou o menino no veículo, para onde pretendia “voltar logo”.
Uma câmera de monitoramento mostrou a babá chegando com seu GM Celta preto, às 13h45, no bairro Parque Olímpico, com o menino dentro. Ela parou o carro em frente à sua casa, onde cuida de outras crianças. Em seguida, entrou no imóvel, deixando Arthur no veículo.
Às 14h13, a câmera registrou o menino batendo no vidro da porta dianteira de passageiro. Depois, ele volta para o banco traseiro.
De acordo com as imagens, às 16h22 a babá passa ao lado do veículo carregando um saco, mas não para. Ela retorna às 16h51, quando abre o carro, retira a criança e a leva para dentro de sua casa. Instantes depois, volta com Arthur para o Celta e sai do local.
A mulher, segundo a polícia, levou Arthur até a UPA Geisel/Redentor, onde a criança já chegou morta. De acordo com relato da equipe médica no boletim de ocorrência, o menino tinha sinais de desidratação. Ainda segundo a polícia, a babá foi embora após deixar o menino na UPA.
Com a chegada da polícia à unidade de saúde, os pais de Arthur, assim como a babá, foram procurados e levados ao plantão da Polícia Civil.
LEMBRANÇAS DO FILHO
“A última lembrança do meu filho vivo foi dele meio com sono, na manhã de ontem [25 de agosto] quando eu estava saindo para o trabalho. Ela era uma criança forte, saudável. Sentiremos muita falta dele”, disse o pai de Arthur, o auxiliar de produção Fabrício Lucas dos Santos, 28 anos, um dia após a morte do filho ao Agora.
Ele afirmou ainda que Arthur se divertia ajudando em faxinas na casa e também na lavagem do carro da família. “Para ele tudo era brincadeira. Sempre pedia para ajudar nas coisas de casa e também usava panelas e tampas para brincar”, relembra o pai do menino.
Arthur Oliveira dos Santos seria sepultado por volta das 14h30 desta quinta no cemitério de Macatuba (301 km de SP).
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