Justiça torna réus acusados de armar bomba perto do aeroporto de Brasília
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Foram denunciados Alan Diego dos Santos, Welligton Macedo de Souza e George Washington de Oliveira Sousa, que chegou a ser preso pela Polícia Civil de Brasília.
O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) aceitou denúncia do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) e tornou réu o trio acusado de estar por trás da tentativa de explosão de um caminhão com combustível nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília em 24 de dezembro de 2022.
Foram denunciados Alan Diego dos Santos, Welligton Macedo de Souza e George Washington de Oliveira Sousa, que chegou a ser preso pela Polícia Civil de Brasília.
A denúncia foi recebida pelo juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, que considerou que os requisitos previstos no Código de Processo Penal estavam preenchidos e que havia “justa causa” para abertura da ação penal contra os acusados. O despacho foi assinado na última terça-feira (10).
O processo foi registrado no sistema da Justiça do DF com a classificação “crimes do sistema nacional de armas” e a indicação de “motivação político partidária”.
Segundo fontes ouvidas pela Folha, os réus devem responder na Justiça pelo crime de explosão.
Preso no mesmo dia da tentativa de explosão, George Washington afirmou à Polícia Civil de Brasília que planejou com manifestantes do QG (Quartel General) no Exército a instalação de explosivos em pelo menos dois locais da capital federal para “dar início ao caos” que levaria à “decretação do estado de sítio no país”, o que poderia “provocar a intervenção das Forças Armadas”.
Segundo ele, as “palavras” de Jair Bolsonaro (PL) o encorajaram a adquirir o arsenal de armas apreendido em seu poder. Na versão dada aos policiais, à qual a Folha teve acesso, ele fez referência ao discurso armamentista do presidente da República –marca de Bolsonaro durante seu mandato e da campanha que em 2018 o levou ao Palácio do Planalto.
O jornalista Wellington Macedo de Souza já havia sido preso por ordem de Alexandre de Moraes sob acusação de incentivar ato antidemocrático no 7 de Setembro.
A investigação do caso começou quando a Polícia Militar do DF afirmou ter interceptado o artefato explosivo no dia 24 de dezembro. A polícia foi acionada pelo motorista do caminhão, que percebeu que uma caixa havia sido colocada no interior do veículo.
Foi encontrada no local uma pequena dinamite com temporizador. O explosivo foi retirado pelo esquadrão antibombas, e, de acordo com nota da PM, foi realizada a “desativação do artefato” ainda no local.
A pista foi interditada durante a operação, com as vias marginais liberadas para trânsito, e não houve impacto na operação do aeroporto de Brasília.
|IDNews® | Folhapress | Beto Fortunato |Via NBR | Brasil