Lava Jato já tem 65 delações premiadas
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Lava Jato já tem 65 delações premiadas, na primeira instância – em Curitiba, base da missão Lava Jato -, já foram 1.177 procedimentos instaurados, com 574 mandados
15:10| 22/04/2016 Estadão Conteúdo
A Operação Lava Jato já firmou 65 acordos de delação premiada, dos quais 51 de investigados soltos. A informação foi divulgada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em palestra na Brazil Conference, realizada pela Universidade de Harvard e pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos – evento que ocorre nesta sexta-feira, 22, e sábado, 23.
O procurador-geral informou que 47 inquéritos já foram instaurados no Supremo Tribunal Federal, compreendendo 118 mandados de busca e apreensão também no âmbito da Corte, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República.
Na primeira instância – em Curitiba, base da missão Lava Jato -, destacou Janot, foram 1.177 procedimentos instaurados, com 574 mandados.
Para o procurador-geral da República, o fato de 51 delações – das 65 já firmadas – envolverem investigados em liberdade refuta a crítica de que prisões são feitas para forçar colaborações, tese defendida por uma grande maioria de juristas e advogados penalistas.
Na avaliação de Janot, “a atuação equilibrada do Ministério Público Federal, em colaboração com órgãos brasileiros de controle” é fundamental para o êxito da Lava Jato e de outras investigações.
A certificação ISO 9001, conquistada por seu gabinete quanto ao trabalho de distribuição judicial e processamento extrajudicial, também foi destacada pelo procurador-geral.
Para conquistar o certificado é necessário implementar procedimentos obrigatórios, como controle de documentos e de registros, auditoria interna, cumprimento da legislação pertinente e implementação da política e dos objetivos de qualidade.
Na prática, informou a Procuradoria-Geral, isso “significa economia de tempo e de recursos, transparência, segurança e qualidade nos processos de trabalho, além de confiabilidade institucional”.