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Lava Jato reforçou a visão de que todos os políticos são corruptos


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Lava Jato reforçou a visão de que todos os políticos são corruptos
Pesquisa revela que 92% dos entrevistados são a favor da Operação mesmo que traga mais instabilidade política

02JUN2017|  10h09 - LAVA JATO

Pesquisa do Instituto Ipsos com 1.200 pessoas mostra que 95% dos brasileiros pensam que as investigações da Operação Lava Jato devem continuar até o fim, e que ela deve averiguar todos os partidos políticos.

E mais: 92% dos entrevistados são a favor da Operação mesmo que traga mais instabilidade política; e 90% disseram que ela deve prosseguir mesmo que gere instabilidade econômica. Além disso, 80% acreditam que as investigações estão mostrando que todos os partidos são corruptos.

 Analisando o conteúdo da pesquisa, o cientista político Alberto Carlos Almeida, diretor do Instituto Análise, diz à Sputnik Brasil, com exclusividade, que a Lava Jato difundiu a ideia de que a corrupção é disseminada em todo Brasil:

“Essa visão de que todos os políticos são corruptos é uma crença antiga no país que a Operação Lava Jato reforça, induzindo a opinião pública a ver que todos os políticos são ladrões e corruptos.”

Essa pesquisa do Instituto Ipsos, segundo Alberto Carlos Almeida, é um indicador de que a população gostaria, mesmo, que houvesse menos corrupção.

“Com a Lava Jato, criou-se a impressão de que o combate à corrupção pode ter um resultado frutífero, quando, na verdade, é preciso levar em conta que ele também pode produzir o efeito inverso. Ele [o combate à corrupção] pode desorganizar os partidos, desmontar lideranças e provocar um novo risco, o da corrupção permanecer em estado, digamos, latente, e depois voltar com mais força.”

Alberto Almeida também comenta a redução de verbas para a Operação Lava Jato e as especulações de que o novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, poderá mudar o comando da Polícia Federal, que está nas mãos do Delegado Leandro Daiello desde 2011:

“A Lava Jato e seus procedimentos têm sido muito questionados no mundo jurídico. Por exemplo, prisões longas. Elas têm acontecido de modo avassalador no país ainda que, para nós, cidadãos comuns, isto não seja tão perceptível. São vários procedimentos que estão sendo utilizados pela Lava Jato, como estas prisões longas a que me referi, conduções coercitivas, delações sem apresentação de provas que corroborem as acusações e que fazem o país estar vivendo uma anormalidade. O normal seria que estes abusos não estivessem ocorrendo. Eu penso que quem pode enquadrar a Lava Jato no âmbito da Justiça e da normalidade é o Supremo Tribunal Federal, e não o ministro da Justiça, ao reduzir verbas de procuradores e dos policiais federais envolvidos na Operação. O grande serviço que o Supremo Tribunal Federal poderia prestar ao país seria obrigar a Lava Jato a proceder dentro da mais estrita legalidade, coisa que não vem acontecendo.”

Os principais resultados da pesquisa do Instituto Ipsos sobre a Operação Lava Jato são os seguintes:

92% dos brasileiros são a favor da operação mesmo que traga mais instabilidade política;

90% aprovam a Lava Jato mesmo que gere instabilidade econômica;

86% concordam que a operação vai fortalecer a democracia no Brasil;

83% afirmam que as grandes lideranças políticas brasileiras estão tentando acabar com a Lava Jato;

80% acham que as investigações estão mostrando que todos os partidos são corruptos;

74% acreditam que a Lava Jato pode ajudar a transformar o Brasil num país sério;

66% concordam que a operação está investigando todos os partidos; e

50% acham que a sociedade brasileira é quem mais ganha com as investigações.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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