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Leishmaniose cresce no estado de SP e avança para capital


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Leishmaniose cresce no estado de SP e avança para capital
Maior parte dos infectados não desenvolve a doença, mas, se diagnosticada e tratada tardiamente, mata em 90% dos casos

04MAR2018|  8:08 - Saúde Pública  - Foto:  © DR

A leishmaniose visceral – doença causada por um parasita e transmitida ao homem por meio da picada de mosquito – está em queda no Brasil, mas tem registrado um crescente número de casos no estado de São Paulo.

Segundo dados divulgados pelo UOL, em 2016, o estado de São Paulo registrou 118 casos de leishmaniose visceral, com dez mortos. Ano passado, foram 121 e sete óbitos até 19 de dezembro.

Como explica a publicação, a maioria das pessoas infectadas não desenvolve a leishmaniose visceral. No entanto, se não diagnosticada e tratada, a doença mata em 90% dos casos. Não há vacina que previna a contaminação.

Um estudo sobre a dispersão territorial da leishmaniose visceral no estado mostra que a doença está se espalhando por municípios paulistas e que avançará para a capital.

De acordo com a pesquisa, a doença se espalhou de acordo com a construção da ferrovia Novoeste (1952), da rodovia Marechal Rondon (1988) e do gasoduto Bolívia-Brasil (1998), até chegar à região central paulista (Araçatuba e Bauru).

“A doença fatalmente chegará à capital. Do ponto de vista epidemiológico, é a crônica de uma morte anunciada. Quando olhamos a dispersão dos casos, eles vão na direção certinha de São Paulo. É só uma questão de tempo”, explica o infectologista Luiz Euribel Prestes Carneiro, orientador da pesquisa, em entrevista ao site.

O trabalho é fruto de uma dissertação de mestrado do médico Rodrigo Sala Ferro defendida na Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e que usou dados da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e da Secretaria de Estado da Saúde.

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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