Língua Brasileira de Sinais: a forma de comunicação mais eficaz para as pessoas surdas não oralizadas
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Língua Brasileira de Sinais: a forma de comunicação mais eficaz para as pessoas surdas não oralizadas
| IDNews® |Brasil | Assessoria de Imprensa Uniara|
Professora de Pedagogia da Uniara fala sobre o método e o “Dia Nacional da Libras”, que é celebrado nesta sexta-feira, dia 24 de abril
IDN – Interior – Araraquara
O “Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais – Libras” é celebrado nesta sexta-feira, dia 24 de abril. A professora do curso de Pedagogia da Universidade de Araraquara – Uniara, Adriana do Carmo Bellotti, que é doutora em Educação e tradutora e intérprete de Libras – Língua Portuguesa, dá dicas sobre comunicação inicial e lembra que, “para as pessoas surdas não oralizadas, é a forma de comunicação mais eficaz”.
“É a língua utilizada pelos surdos do país. Formado por gestos, sinais e expressões, é um sistema linguístico que possui natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria. No Brasil, a Libras foi reconhecida como forma legal de comunicação pela Lei n°10.436 de 24 de abril de 2002. A data comemorativa foi instituída, principalmente, como uma maneira de destacar as dificuldades em acessibilidade enfrentadas por esses cidadãos, que encontram obstáculos desde a socialização até o mercado de trabalho”, explica a docente.
Ela menciona que, de acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, mais de 9,7 milhões de pessoas no Brasil apresentam algum grau de deficiência auditiva, “porém, não é possível mensurar em números quantos surdos fazem uso desse recurso”.
A Libras “foi regulamentada pelo Decreto nº 10.436 de 2005, que incluiu, dentre suas determinações, a inserção da língua como disciplina obrigatória nos cursos de formações de professores para o exercício do magistério, em níveis médio e superior”. “Então, a partir da legislação, atualmente tem crescido o número de profissionais que se dedicam à língua de sinais no Brasil”, destaca Adriana.
A professora reforça que a língua de sinais “representa um papel expressivo na vida das pessoas surdas, conduzindo-as ao desenvolvimento pleno”. “Ela fornece,aos surdos, as condições mais necessárias à expansão das relações interpessoais, o que constitui o funcionamento cognitivo e afetivo, logo, promovendo a constituição da subjetividade”, diz.
A aprendizagem da Libras, bem como sua fluência, “dependerá de seu uso e contato com a comunidade surda”.Para os ouvintes que não sabem língua de sinais, Adriana dá algumas dicas para uma comunicação inicial com pessoas surdas:
– Obtenha a atenção do surdo com um gesto visual antes de tentar se comunicar;
– Fique em seu campo de visão;
– Faça suas saudações em tom normal de voz articulando bem os lábios;
– Estabeleça a essência do que será conversado;
– Faça contato visual;
– Use gestos e dicas visuais e expressões.
Informações sobre o curso de Pedagogia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.