Lojas da Subway em Londrina lavavam dinheiro de fraude das carnes
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Lojas da Subway em Londrina lavavam dinheiro de fraude das carnes
Juiz federal aponta dono das franquias e ex-fiscal como líder do esquema da “Carne Fraca”
18MAR2017|8:46 – Subway – Polícia Federal
Duas lojas da Subway em Londrina, no Paraná, foram apontadas como instrumentos de lavagem de dinheiro. O juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, afirma que um dos investigados na Operação Carne Fraca, deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Federal, não apenas é dono das franquias como seria líder do esquema fraudulento de liberação de carnes em desacordo com a legislação por meio de pagamento de propina a fiscais do Ministério da Agricultura. Juarez José Santana também era fiscal agropecuário.
“O fato de Juarez manter franquias de lanchonete é um método eficiente para direcionar o dinheiro das propinas obtido ilicitamente, por meio de crime de corrupção, ao fomento de um empreendimento lícito, que gere boa renda, modificando, desta forma, a origem do dinheiro, que magicamente se transmuta da natureza ilegal para legal. É a famosa prática adotada pela máfia italiana desde a primeira metade do século XX, que acabou conhecida pela expressão ‘lavagem de dinheiro’”, explicou o juiz à Veja.
No papel, as filhas de Juarz José Santana são as donas das franquias. Mariana Santana, de 22 anos e que vive em São Paulo, e Gabriela Bertipaglia Santana, de 25 anos, que mora em Guiné-Bissau. O juiz informou achar “pouco provável que as empresas sejam advindas do próprio esforço pessoal (sic), o que evidencia que seu pai oculta dinheiro que obtém indevidamente em sua atividade funcional nas empresas titularizadas pelas mesmas”.
Um dos advogados de Santana, Roberto Brzezinski Neto alertou que só se pronunciará após o estudar os autos. Anderson Felipe Mariano, também da equipe de defesa, disse que foi surpreendido. “[A operação] nos pegou de surpresa. Ainda não sei o que vai acontecer, quando o Juarez vai ser ouvido. Estamos atrás de informações. A primeira coisa a se fazer é estudar o inquérito.”