Luiza Trajano não é mais bilionária e deixa a lista da Forbes
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De acordo com publicação da revista, a fortuna da executiva vinha em queda desde 16 de julho de 2021, quando atingiu o recorde de US$ 5,6 bilhões (R$ 28,6 bilhões, em valores atuais).
A empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, foi retirada da lista de bilionários da Forbes após sua fortuna recuar para menos de US$ 1 bilhão.
De acordo com publicação da revista, a fortuna da executiva vinha em queda desde 16 de julho de 2021, quando atingiu o recorde de US$ 5,6 bilhões (R$ 28,6 bilhões, em valores atuais).
A saída de Trajano acompanha o desempenho negativo do Magazine Luiza na Bolsa, reflexo do atual cenário econômico brasileiro, marcado pela inflação e taxa de juros altas.
Nos últimos 11 meses, as ações da companhia recuaram cerca de 90%, saindo de R$ 24, em meados de 2021, para os atuais R$ 2,55.
Com a queda no valor dos papéis, a empresária viu sua riqueza recuar para menos de US$ 1 bilhão. A Forbes não indicou em quanto está a fortuna atualmente, mas, considerando o valor em reais, ela precisaria ser inferior a US$ 196 milhões para que Trajano deixasse de ser bilionária no Brasil.
De acordo com a Forbes, em dezembro de 2021, a fortuna de Trajano já havia encolhido para US$ 1,4 bilhão (R$ 7,1 bilhões), o que representa uma desvalorização de 75% em relação ao recorde atingido em julho do ano passado. Em seis meses, a empresária sofreu uma perda de US$ 4,2 bilhões (R$ 21,5 bilhões).
Atualmente, Trajano possui pouco mais de 17% do Magazine Luiza, empresa que foi fundada em 1957 por sua tia, Luiza Trajano Donato.
Em 2015, a executiva passou o cargo de CEO para seu filho Frederico e, desde então, ela ocupa o posto de presidente do conselho.
QUEM É LUIZA TRAJANO
Luiza Trajano começou a trabalhar aos 12 anos na empresa da família, no município de Franca (SP), e transformou o negócio varejista em uma das maiores empresas da América Latina.
Formada na Faculdade de Direto de Franca, em 1972, Trajano assumiu o comando do Magazine Luiza em 1991. Sob sua gestão, a rede varejista criou as primeiras lojas virtuais, dando início a uma jornada de digitalização que seria uma das marcas da empresa e ganharia volume após Frederico assumir como CEO.
Em 2021, Trajano foi eleita uma das 25 mulheres mais influentes de 2021 pelo jornal britânico Financial Times. Na ocasião, ela foi a única brasileira selecionada.
Na lista, a executiva é definida como uma das mulheres de negócios e líderes sociais mais notáveis do Brasil, considerada uma inspiração para empreendedores em todos os lugares.
Trajano também foi a única brasileira na lista feita pela revista americana Time com as 100 pessoas mais influentes do mundo em 2021.
O texto sobre a trajetória da ex-CEO do Magazine Luiza na revista é assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Em um mundo corporativo ainda dominado por homens, uma mulher brasileira, Luiza Trajano, conseguiu transformar o Magazine Luiza, que começou como uma única loja em 1957, em um gigante do varejo avaliada em dezenas de bilhões. É uma enorme conquista -uma entre muitas”, diz o relato.
Trajano, inclusive, chegou a ser cogitada por dirigentes partidários como um nome competitivo para compor uma chapa presidencial, o que sempre foi refutado por ela.
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