Luta das mulheres é retratada na Tribuna Popular da Câmara
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Luta das mulheres é retratada na Tribuna Popular da Câmara
Amélia é uma canção, eu diria, agradável, nada mais do que isso.
07MAR2018| 8:57 – Imprensa Câmara – Foto: ©Câmara Municipal de Araraquara
O Dia Internacional da Mulher foi o tema abordado por Darcy Aparecida Dantas, credenciada pela Academia Araraquarense de Letras, na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Araraquara, na noite desta terça (06), durante a 54ª Sessão Ordinária.
Ela lembrou que as mulheres hoje são protagonistas pelo amor desmedido que doam a humanidade e que a história mostra que a mão que embalou o berço sempre, já lidou com a terra, manipulou máquinas desde a Revolução Industrial e empunhou armas.
“A tal rainha do lar, para mim é uma ficção. Amélia é uma canção, eu diria, agradável, nada mais do que isso. A mulher vem de longe, lá do passado, buscando seu espaço e seus direitos”, afirmou Darcy.
Destacou que o pioneirismo da mulher guerreira do passado abriu caminhos para que, aos poucos, elas fossem reconhecidas. “Ainda não são. Nós continuamos sendo segregadas, convivendo com o preconceito, mas, obtivemos uma melhora, pouca, mas conseguimos.”
Durante sua explanação, Darcy contou a história real de uma moça, que se passou nos idos da década de 1940. “Com 14 anos uma menina resolveu participar de um concurso, mesmo sabendo que somente aos 16 poderia assumir seu posto de professora. Mas sua prova foi tão boa, que ela acabou sendo convidada a dar aula. Com 16 anos a menina se tornou a pioneira da educação infantil aqui em nossa região. Isso prova que mulher sempre esteve à frente do seu tempo.”
Citou Monteiro Lobato e o destaque que sempre deu às suas personagens femininas; afirmou que quem faz os heróis são as mulheres, e citou uma frase do Papa Francisco, quando perguntado sobre o que ele achava da mãe solteira – “Eu não conheço a mãe solteira, conheço a mãe”.
Após as manifestações dos vereadores, Darcy revelou quem era aquela menina de 14 anos retratada na história contada minutos antes. Era sua mãe, para ela, um símbolo do que é ser mulher.