Mãe acusa de racismo escola municipal de SP que fantasiou filho de macaco
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O colégio nega a acusação, e a Secretaria Municipal de Educação diz que apura o caso.
Uma confeiteira acusou a escola CEI Monte Carmelo 2, da rede municipal em Itaquera, na zona leste de São Paulo, de racismo contra seu filho de três anos.
O colégio nega a acusação, e a Secretaria Municipal de Educação diz que apura o caso.
De acordo com a mãe, no último dia 27 de maio, a escola pediu que os responsáveis fantasiassem os pequenos com adereços de circo para uma festa. Silva vestiu o filho com calça, gravatinha e nariz de palhaço e também fez uma pintura no rosto do menino.
Porém, dias depois, viu em um post das redes sociais que na festinha da escola o filho aparecia vestindo uma máscara de macaco. Ela afirma que o filho é uma criança muito animada, que ama brincadeira, mas no vídeo ele está desconfortável.
O nome da mãe será omitido para preservar a identidade do menino.
A confeiteira afirma que a cena lhe causou muita indignação por se tratar de uma criança negra e diz não conseguir entender qual é o fundamento pedagógico da atividade que expõe o filho a esta situação. Para ela, essa cena pode dar uma margem para que colegas passem a chamar o aluno de macaco.
Depois do ocorrido, segundo a mãe, o menino falou que “tinha virado um macaco”. Quando ela ouviu isso, diz ter explicado ao filho que ele não era um macaco, que tinha apenas participado de uma atividade na escola.
Ao relatar o ocorrido nas redes sociais, ela afirma que tem sido questionada por outros pais de alunos. Porém, ela analisa que eles não compreenderam que a questão que está sendo levantada não diz respeito à qualidade da escola, da alimentação, mas sim da relação de um ato que faz com que crianças não tenham acesso a uma educação antirracista.
A mãe tirou o filho da escola e diz que registrou um boletim de ocorrência.
Procurada, a Secretária Municipal de Educação informou, por meio de nota, que o caso será apurado e a DRE (Diretoria Regional de Educação) notificará a Organização da Sociedade Civil responsável pela unidade para esclarecimentos, sob risco de penalização, conforme legislação.
Por meio das redes sociais, o colégio afirma que a acusação é injusta e “que vem se espraiando nas diversas mídias sociais de maneira leviana e irresponsável, posto que esta instituição jamais compactuaria com qualquer conduta ou gesto que tenha por objeto o racismo.”
A instituição afirma ainda que “todas as medidas judiciais já estão sendo tomadas para o devido esclarecimento real dos fatos”.
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