Mais de mil judeus declaram apoio à chapa Lula-Alckmin em novo manifesto
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O documento descreve o governo de Jair Bolsonaro (PL) como “um projeto de morte, escassez, violência, ódio e autoritarismo, de um presidente que abriu mão de governar o país e se dedica a atiçar os piores sentimentos sociais”
O grupo Judias e Judeus pela Democracia de SP deve lançar nesta quarta-feira (21) um manifesto em apoio à chapa Lula-Alckmin nas eleições deste ano. O documento já tem mais de mil assinaturas.
Entre os signatários estão os professores da USP André Singer e Raquel Rolnik, a escritora Tatiana Salem Levy, o diretor artístico Arthur Nestrovski, a historiadora Lilia Moritz Schwarcz, o editor Luiz Schwarcz, o vereador Daniel Annenberg (PSB) e o ex-deputado Floriano Pesaro.
Ainda endossam a carta o médico Daniel Klotzel, a antropóloga Betty Mindlin, o advogado e diretor da Open Society Foundations para a América Latina e o Caribe, Pedro Abramovay, e o idealizador do Fórum Social Mundial, Oded Grajew.
O documento descreve o governo de Jair Bolsonaro (PL) como “um projeto de morte, escassez, violência, ódio e autoritarismo, de um presidente que abriu mão de governar o país e se dedica a atiçar os piores sentimentos sociais”.
O grupo diz ainda que a candidatura do ex-presidente Lula (PT) “propõe uma política alinhada à justiça social e à garantia do Estado democrático de Direitos e da vida”.
“Sabemos que quando o projeto político é o ódio, o passo seguinte é o extermínio simbólico e físico. Testemunhamos isso em diferentes momentos da história e sabemos as consequências da omissão, de falsas equivalências e da desresponsabilização diante da destruição das minorias políticas e religiosas e dos mais vulneráveis”, segue o texto.
O manifesto é mais um movimento de parte da comunidade judaica em apoio ao petista. Em julho deste ano, um grupo composto por intelectuais, políticos e advogados lançou um manifesto suprapartidário intitulado “Judeus e judias com Lula e Alckmin”.
Alguns nomes como Rolink e Singer assinam os dois documentos. Na época, o movimento causou incômodo na gestão da Confederação Israelita do Brasil (Conib).
Como mostrou a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o presidente da Conib, Claudio Lottenberg, discordou da carta, embora já esperasse por “movimentos dessa natureza”.
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