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Mandato é instrumento contra o preconceito


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Mandato é instrumento contra o preconceito
Deputada participa de encontro municipal no Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

23JAN2017| 8.43
Assessoria Dep. Márcia Lia

A deputada estadual Márcia Lia ressaltou, na manhã deste sábado, 21 de janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, a importância do respeito e do diálogo entre as pessoas, suas escolhas e crenças para o fim da intolerância, do preconceito e da violência não apenas contra os negros, mas também a população LGBT, mulheres entre outros.  A deputada participou do 1º Encontro de Combate à Intolerância Religiosa, no Centro de Referência-Afro “Mestre Jorge”, com o tema “A intolerância separa, o respeito une”, em Araraquara. O evento foi organizado pela Coordenadoria Executiva de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Ceppir), da Secretaria de Planejamento e Participação Popular.

“Vivemos em uma sociedade extremamente racista e um momento político conturbado, com a destituição de uma presidenta eleita pelo voto [Dilma Rousseff]. A consequência é a retirada de direitos, a exacerbação do ódio e da violência, especialmente contra os negros e as religiões de matriz africana”, afirmou a deputada, ao ressaltar a importância do encontro, que reuniu cerca de 200 pessoas para debater a intolerância religiosa. “Com 20 dias de governo, vocês realizam este belíssimo evento que sintetiza a nossa verdadeira cultura. Isso nos mostra que este será um espaço de construção de políticas públicas”.

Márcia Lia ressaltou, ainda, o trabalho que realiza na Assembleia Legislativa. “Nosso mandato é um instrumento de luta contra a violência e a intolerância e pela ampliação de direitos; vamos percorrer as regiões do estado na elaboração de um Plano Estadual de Direitos Humanos”, afirmou a deputada, que responde também pela Ouvidoria da Assembleia Legislativa.  

O prefeito Edinho Silva destacou, em sua fala, que “As formas de se manifestar a religiosidade são diferentes, mas Deus é um só” e reafirmou o compromisso de seu governo em retomar e ampliar políticas públicas inclusivas. “A gente tem que aprender a conviver com quem pensa diferente de nós. Só assim vamos efetivamente construir uma sociedade justa e igualitária. Esse é meu sonho, como prefeito, para uma Araraquara que completa 200 anos”, completou.

Para o coordenador do Ceppir, Luiz Fernando Costa de Andrade, todo o trabalho “Só faz sentido se fizermos algo pra quem vem depois,” ao ressaltar o compromisso da coordenadoria na construção de políticas e no diálogo constante com a comunidade. Convidado para compor a mesa, o mestrando em Ciências Sociais pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) Geander Barbosa, contextualizou o racismo e o preconceito, históricos, contra a comunidade negra. “A sociedade demoniza as religiões de matriz africana; as escolas não discutem racismo. Por que não podemos educar as nossas crianças falando também das religiões africanas?”, questionou.

Também participaram da mesa de autoridades o presidente da Fecumsol (Federação Espírita de Umbanda e Candomblé Morada do Sol), José Francisco Tomé dos Santos; a coordenadora de Políticas para a População Negra e Indígena do Estado, Elisa Lucas Rodrigues; a secretária anunciada de Planejamento e Participação Popular, Juliana Agatte e a vereadora Thainara Faria (PT).

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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