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Manifestação emocionada na Câmara pede aumento para piso salarial do servidor


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Manifestação emocionada na Câmara pede aumento para piso salarial do servidor
Renata disse que existe um abismo entre as várias categorias de servidores municipais no tocante aos seus salários

24MAI2017| 8h45 - IMPRENSA CAM

Credenciada por um grupo de 30 cidadãos eleitores no município, Renata Pereira Barbosa, funcionária da Prefeitura de Araraquara, ocupou a Tribuna Popular da Câmara Municipal, nesta terça-feira (23), na 19ª Sessão Ordinária da atual Legislatura, para falar sobre a necessidade de uma revisão salarial.

Afirmou que, com o que foi proposto pelo Executivo – 2% em setembro e 2% em janeiro –, quatro categorias vão “passar fome”.

“Eu sou merendeira (agente social de serviços públicos) e represento aqui nesta noite também os agentes educacionais, administrativos e operacionais. Todos nós recebemos neste mês R$ 829,97 e com isso não conseguimos pagar as contas. Estamos pedindo socorro, pois não ganhamos o suficiente para viver”, argumentou emocionada e foi aplaudida pelo público.

Renata disse que existe um abismo entre as várias categorias de servidores municipais no tocante aos seus salários. Afirmou que “um aumento de 4%, 10% ou 20%, hoje, não mudaria significativamente as condições dos agentes”. O que ela sugeriu foi uma revisão no limite do piso salarial.

“Peço aos senhores vereadores que nos ajudem, para que tenhamos um salário digno. Precisamos que o menor salário na Prefeitura seja de R$ 1.300,00”.

Gastos e fiscalização

O Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar), representado por seu secretário de Imprensa e Formação Sindical, Marcelo dos Santos Roldan, também ocupou a Tribuna Popular para discutir a data-base dos servidores municipais. Ele informou que, embora o documento referente ao assunto tenha sido protocolado em fevereiro na Prefeitura, apenas em abril o Sindicato foi chamado para discutir o assunto. “Somente quatro reuniões depois, extraímos uma proposta da Prefeitura, de 2% de reajuste em setembro e outros 2% em janeiro. O trabalhador chegou a tal ponto que fica feliz quando sabe que vai receber a inflação. Porém, até janeiro, essa aplicação será totalmente corroída”, pontuou. “Saímos frustrados dessas discussões.”

Roldan apontou que, a exemplo de Renata Barbosa, há muitos servidores recebendo menos de R$ 1.000 por mês na Prefeitura. “Há vários gastos que, somados, poderiam representar uma economia importante para o Executivo”, observou. Ele também chamou a atenção para problemas com o Portal da Transparência, que dificultam o acesso da população às informações relativas a contratos firmados pela Prefeitura, solicitando uma maior atenção do Legislativo para a questão da fiscalização desses contratos. “Esperamos que os vereadores façam jus à sua função fiscalizadora. Estamos vivendo um momento triste na nossa política e precisamos trabalhar seriamente para reverter esse quadro”, concluiu.

Confira fotos da Sessão no site: https://flic.kr/s/aHskVB4oEh

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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