Mano estreia para dar nova cara ao Corinthians, superar Fortaleza e ir à final da Sul-Americana
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O treinador terá de fazer o time jogar o que ainda não jogou na temporada para superar o Fortaleza, às 21h30, na Arena Castelão e ficar com a vaga na final da Copa sul-americana.
Mano Menezes faz sua estreia no banco de reservas do Corinthians nesta terça-feira com uma missão que vale pelo presente e futuro do clube alvinegro. O treinador terá de fazer o time jogar o que ainda não jogou na temporada para superar o Fortaleza, às 21h30, na Arena Castelão e ficar com a vaga na final da Copa sul-americana.
Nas fases anteriores da competição, o então técnico Vanderlei Luxemburgo afirmou após as sofridas classificações que a forma como a equipe estava atuando fazia parte de uma estratégia cuja finalidade era, se necessário, usar da qualidade do goleiro Cássio como pegador de pênaltis. Foi assim diante do Estudiantes em La Plata, por exemplo. Apesar do estilo “sofredor” comum ao Corinthians, os torcedores não ficaram nada satisfeitos pela forma como o time vinha jogando.
Os tropeços e o futebol nada convincente minaram o trabalho de Luxemburgo, que acabou desligado do clube em um momento pouco esperado. O Corinthians não demorou muito para ir atrás de um novo técnico e acertou a contratação de Mano Menezes, que retornou ao clube depois de nove anos. O gaúcho não ficou no banco na derrota para o São Paulo, no sábado, por cumprir suspensão, mas na Sul-Americana está apto a orientar seus atletas na lateral do gramado.
A situação do Corinthians diante do Fortaleza é complicada, uma vez que, diferentemente dos confrontos com o peruano Universitario e os argentinos Newells Old Boys e Estudiantes, o time alvinegro não conseguiu sair da Neo Química Arena com um resultado positivo. Na última semana, o placar final em Itaquera foi de 1 a 1. Na capital cearense, caso ocorra novo empate, o finalista será decidido nos pênaltis. Quem vencer no tempo regulamentar fica com a vaga.
Ainda é cedo para ver o estilo de Mano totalmente enquadrado no atual plantel corintiano. A defesa, um dos pontos fortes de seu trabalho, porém, é velha conhecida do treinador. Na última passagem do técnico, em 2014, a retaguarda era praticamente a mesma: Cássio, Fagner, Gil e Fábio Santos compunham a linha titular. Resta saber se, com poucos dias de treinamento, o novo comandante conseguirá apagar resquícios negativos do trabalho anterior.
É provável que Matías Rojas, desfalque nos últimos compromissos por uma lesão na coxa direita, comece a partida desta terça como titular ao lado do experiente Renato Augusto. A escalação não deve ter grandes alterações, mas a formatação tática e postura em campo será a principal amostra comparativa entre Mano e Luxemburgo. O gaúcho espera tornar o time mais competitivo ao reduzir o espaçamento entre os atletas em campo e aperfeiçoando a retomada de bola no campo de ataque.
“A equipe (do Corinthians) tem qualidade técnica boa, vem fazendo uma Copa Sul-Americana que surpreendeu e que coloca o clube numa possibilidade de chegar na final. Jogou um jogo parelho contra um adversário montado há bastante tempo, sendo dirigido pelo mesmo treinador há três anos. Esse (ganhar a Sul-Americana) é o objetivo maior”, afirmou Mano em sua apresentação.
O técnico do Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda, após o empate da sua equipe com o Grêmio pelo Brasileirão, foi claro ao falar que teria de repensar a forma como atuaria por causa da troca de treinador no Corinthians. “Há diferenças. Os dois treinadores conhecem o futebol brasileiro e essas etapas de definição de competições, mas meu foco tem de estar na minha equipe. Confio muito em nosso time, mas é lógico que podem acontecer algumas mudanças com relação a algo tático no adversário”, afirmou o argentino, que não deve contar com o atacante Marinho, que sofreu um estiramento no joelho direito no primeiro duelo da semifinal.
No lado do Fortaleza o bom momento em campo não está refletido nas arquibancadas. No jogo de ida, na capital paulista, houve confusão entre duas torcidas organizadas, que tiveram seus laços rompidos com a diretoria tricolor. “Necessitamos de um Castelão com apoio. O momento é para desfrutar. Se há diferenças, temos de deixá-las de lado neste momento”, opinou Vojvoda.
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