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Marcha pelo fim da violência contra as mulheres toma Avenida Paulista


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Marcha pelo fim da violência contra as mulheres toma Avenida Paulista

| IDNews | Agência Brasil | São Paulo | Elaine Patricia Cruz

“Não podemos ficar quietas. Temos que nos manifestar”, diz ativista

 

IDN/Ativismo

Centenas de mulheres participaram na manhã deste domingo (8), na Avenida Paulista, da terceira edição da Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A mobilização ocorre em mais 26 cidades brasileira e em alguma localidades do exterior. A caminhada é uma ação pelos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e foi organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil.

As participantes da marcha reuniram-se na Praça do Ciclista, onde ocorria também a exposição ao ar livre Corpos das Penhas, que simulavam corpos de mulheres e incluíam informações como o nome da vítima, idade, número de filhos e o tipo de arma com que cada uma foi assassinada. Todas as informações ilustram casos reais.

“O objetivo dessa caminhada é levar para a sociedade uma conscientização ampla da gravidade do problema que é a violência contra a mulher, sob todas as suas formas”, disse Raquel Preto, que representa o Comitê de Combate à Violência do Grupo Mulheres do Brasil. “Tomar um empurrão do marido, ou um tapa, não é normal. Essa naturalização não pode existir. E é esse o objetivo de uma caminhada como essa: deixar muito claro para toda mulher que não é natural apanhar, tomar um soco ou ser estuprada”, acrescentou.

“A cada duas horas, uma mulher é vítima de feminicídio. A cada hora, quatro meninas são vítimas de estupro. Então, não podemos ficar quietas. Temos que nos manifestar para pedir políticas públicas que visem combater o fim da violência contra a mulher”, disse Elizabete Scheibmayr, que também representa o Comitê de Combate à Violência do Grupo Mulheres do Brasil.

3ª Caminhada pelo fm da violência contra as mulheres em São Paulo

Raquel e Elizabete incentivam as mulheres que forem vítimas de violência a procurar as redes de apoio disponíveis para se fortalecer e para que denunciem a violência. “A primeira coisa é ter coragem, saber que há uma rede de apoio e denunciar a violência. E quem também vê a violência precisa denunciar. Tem que meter a colher sim”, disse Elizabete.

“A mulher deve procurar ajuda. Ela deve ir a uma delegacia de polícia, a um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), que oferece serviços sociais de apoio. Se ela for vítima de violência sexual, deve procurar um hospital, procurar apoio de amigas e familiares e ter força para denunciar e não aceitar mais o ciclo de violência”, acrescentou.

Vestidas com uma camiseta laranja com dizeres que pediam o fim do feminicídio e da violência e com gritos de Juntas, Somos Mais Fortes Eu Meto a Colher, Sim, as mulheres caminharam até a Casa das Rosas, onde o ato foi encerrado com uma salva de palmas.

Edição: Nádia Franco

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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