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Márcia Lia indica Marcha Mundial das Mulheres ao Prêmio Beth Lobo de Direitos Humanos das Mulheres 2017


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Márcia Lia indica Marcha Mundial das Mulheres ao Prêmio Beth Lobo de Direitos Humanos das Mulheres 2017
Entidade é representada pela ativista Sônia Coelho e pode ser a vencedora da terceira edição da premiação

14DEZ2016| 15:34
Assessoria Deputada Márcia Lia

A deputada estadual Márcia Lia (SP) apresentou a indicação da Marcha Mundial das Mulheres na figura da ativista e coordenadora Sônia Coelho como concorrente ao 3º Prêmio Beth Lobo de Direitos Humanos das Mulheres de 2017, concedido pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Os premiados serão apresentados nesta quarta-feira (14), durante reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais.

“A Marcha Mundial das Mulheres é um movimento essencial na defesa dos direitos humanos das mulheres e no enfrentamento à violência doméstica contra mulheres. Conheço esse trabalho e a atuação da Sônia em quase todos os estados brasileiros, e acredito que ele precisa ser reconhecido pela sociedade”, observou a deputada Márcia Lia.

O movimento internacional nasceu em 1995, em Quebec, no Canadá, quando 850 mulheres marcharam 200 quilômetros pedindo simbolicamente “Pão e Rosas”. O protesto acabou conquistando o aumento do salário mínimo, mais direitos para as mulheres imigrantes e apoio à economia solidária.

Três anos depois, foi organizado o primeiro encontro internacional, no Canadá, com 145 mulheres de 65 países e territórios e, no Brasil, chegou meio da Central Única das Trabalhadoras e Trabalhadores (CUT). Atualmente, a Marcha Mundial das Mulheres tem atuação em 20 estados do Brasil no enfrentamento dos direitos humanos das mulheres e da violência contra as mulheres, opressão racial e discriminação da sexualidade.

O PRÊMIO

O Prêmio Beth Lobo foi criado pela resolução 881/2012, por iniciativa do então deputado Adriano Diogo, para premiar pessoas e entidades que se destacam na atuação em defesa dos direitos das mulheres e no enfrentamento da violência de gênero.

No primeiro ano de premiação, foram feitas homenagens póstumas à socióloga Elisabeth Lobo, que se dedicou ao estudo das diferenças do trabalho para homens e mulheres, ajudou na organização das mulheres sindicalizadas da CUT e faleceu em 1991, aos 47 anos, e à militante do PCdoB Maria Lúcia Petit, morta por fuzilamento do Exército de Antonio Bandeira, na Guerrilha do Araguaia, em 1972. Ela foi considerada desaparecida até 1996, quando sua ossada foi encontrada e identificada. Dois irmãos dela que também foram ao Araguaia ainda são considerados desaparecidos.

A primeira edição do prêmio também fez homenagens às jornalistas Laura Capriglione e Marlene Bergamo da Folha de São Paulo, Lúcia Rodrigues, da rádio Brasil Atual, Fernanda Soares, do Sindicato dos Jornalistas do Vale do Paraíba, e Conceição Lemes do site Via Mundo pelas reportagens sobre a violenta desocupação do bairro Pinheirinho, realizada pela Policia Militar de São Paulo e a Guarda Civil Metropolitana de São José dos Campos.

Em 2013, o prêmio homenageou militantes de esquerda com atuação na Ditadura Militar e viúvas de militantes desaparecidos, como a então ministra das políticas para as mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira, Damaris Lucena, Ilda Martins da Silva, Izaura Silva Coqueiro, Pedrina José de Carvalho, Elzita Santa Cruz (mãe de Fernando Santa Cruz, desaparecido político), Clara Charf e Eunice Paiva (viúva de Rubens Paiva).
Em memória, o prêmio ainda homenageou Zuleika Alambert (1922-2012) e Marcia Yajgunovitch Mafra (1947-2011) e foi concedido a Ñasaindy Barret de Araújo, filha da paraguaia Soledad Barret e do brasileiro José Maria Ferreira de Araújo, militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), ambos assassinados pela ditadura.

Em 2014 e 2015, não houve premiação.

LEGENDA: A ativista Sônia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres (a primeira da esq. p/ dir.), na audiência pública de 10 anos da Lei Maria da Penha, organizada pela deputada Márcia Lia

 

Beto Fortunato

Jornalista - Diretor de TV - Editor -Cinegrafista - MTB: 44493-SP

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