Menina sofre estupro coletivo duas vezes em menos de uma semana na Índia
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Menina sofre estupro coletivo duas vezes em menos de uma semana na Índia
Após sofrer dois ataques em dois dias, menor de idade foi encontrada inconsciente pela polícia e suspeitos foram presos; em paralelo com o caso, houve mais uma denúncia de estupro coletivo ocorrido em escola indiana
9:02|IG SÃO PAULO |2018JUL13|
Diante de crescimento de casos de estupro coletivo, mulheres indianas protestaram contra os crimes em todo o país
Uma menina de 14 anos foi sequestrada e estuprada por gangues duas vezes em um período de apenas dois dias na Índia. Informações do jornal Metro apontaram que a garota foi vítima de estrupo coletivo após ser convencida pelo amigo Mohit Baradwaj, de 22 anos, a deixar sua casa e ir até a residência de Rahul Bhonde, de 24, onde foi violentada por vários homens na última sexta-feira (6).
A polícia local informou que a menina foi mantida na propriedade de Bhonde durante a noite, sendo libertada pelos indianos no dia seguinte. Em 8 de julho, o crime de estupro coletivo se repetiu, com a vítima sendo raptada e estuprada por Bunty Bhalavi, 23, Ankit Raghuvanshi, 25, e Amit Vishwakarma, 21. Ela foi encontrada inconsciente pelas autoridades e os suspeitos foram levados à delegacia, onde permanecem presos.
Casos de estupro coletivo e onda de protestos na Índia
Enquanto o caso permanece sendo investigado pela polícia, uma onda de protestos tem tomado conta do país devido ao aumento de estupros nos últimos dois anos. Segundo a CNN , no mesmo dia em que o primeiro crime contra a garota de 14 anos foi executado, outra indiana de 15 anos decidiu quebrar o silêncio e denunciar abusos sexuais que vinha sofrendo desde fevereiro na escola onde estudava.
Os oficiais da delegacia de Ekma, no leste do estado de Bihar, relataram ao canal que sete pessoas foram presas após a denúncia da menor de idade, que alegou ter sido violentada sexualmente por professores e colegas de sala ao longo de seis meses.
Durante as investigações, a menina contou ter sido estuprada por quatro colegas de sala, sendo posteriormente violentada por outras pessoas sob ameaça de que “seria exposta para toda a escola se não os obedecesse”.
“Ainda estamos investigando, mas já conseguimos identificar alguns suspeitos. O diretor, dois professores e quatro alunos menores de idade foram presos. Todos eles negaram envolvimento no crime e não quiseram contar quem mais participou do período de abusos a garota. O caso já foi transferido à justiça e estamos trabalhando para localizarmos os demais criminosos o mais rápido possível”, afirmou o inspetor-geral em Saran, Vijay Kumar Verma.
De acordo com o Departamento Nacional de Registros Criminais, ambos os casos integram uma lista gigantesca de crimes de violência sexual registrados no país. O órgão expôs que todos os dias, cerca de 100 casos de estupro são denunciados na Índia, e que só em 2016, mais de 55 mil mulheres, incluindo menores de idade, foram violadas em território indiano.
Tal fato desencadeou uma onde de protestos que vem ocorrendo desde abril. As manifestantes tomaram as principais vias do país para pedirem leis que intervenham no crime de abuso sexual e para reivindicar justiça acerca da morte de uma criança de oito anos no estado de Jammu, no norte da Índia. O incidente tornou-se um ponto de partida para a reforma legal, com a introdução de uma lei temporária que condena à pena de morte pessoas que tenham cometido estupro coletivo com crianças e adolescentes.
Fonte: Último Segundo – iG