Morre menina de seis anos que estava internada em estado grave no RJ após sofrer agressões
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Morre menina de seis anos que estava internada em estado grave no RJ após sofrer agressões
Morre menina de seis anos que estava internada em estado grave no RJ após sofrer agressões
A menina de seis anos que estava internada em Resende (RJ) em estado grave após sofrer agressões morreu na madrugada deste sábado (24). A mãe e a madrasta são suspeitas de torturá-la e estão presas.
Segundo boletim médico, Ketelen Vitória Oliveira da Rocha sofreu parada cardiorrespiratória por volta das 3h30. A criança estava internada em um hospital particular no município de Resende desde o último dia 20 em coma com ausência de reflexos com múltiplas lesões corporais agudas e crônicas.
Nas últimas 24 horas, a criança sofreu deterioração das funções vitais, apresentando hipotermia, hipotensão arterial, diminuição urinária e alteração laboratorial. O corpo de Ketelen será encaminhado ao Instituto Médico Legal.
Em decisão expedida após audiência de custódia na quinta-feira (21), o juiz Marco Aurélio da Silva Adania considerou que as investigações apontaram contínuas agressões à criança pela mãe, Gilmara Oliveira de Farias, de 28 anos, e pela madrasta, Brena Luane Barbosa Nunes, de 25 anos, que moravam juntas em Porto Real (RJ) desde o ano passado, e decretou a prisão preventiva das duas.
Segundo a polícia, elas confessaram o crime à 100ª DP (Porto Real), que investiga o caso.
“Consta dos autos que a vítima teria sido espancada pela mãe e pela companheira, ora custodiadas, com socos e chutes por diversas vezes, além de ser arremessada contra a parede e contra um barranco de 7 metros de altura e ser chicoteada com um cabo de TV”, diz trecho da sentença do juiz Marco Aurélio da Silva Adania.
Segundo a apuração da polícia, as agressões, começaram na noite de sexta-feira (16) e continuaram até o fim da noite de domingo (18). A investigação também aponta que a criança não estava sendo alimentada há meses.
Nesta sexta-feira (23), Rosangela Nunes, 50, mãe de Brena e que responde em liberdade por omissão, disse à reportagem que a menina vivia uma rotina de violência e privações impostas pela madrasta. Segundo seus relatos, a criança teve bonecas queimadas, os brinquedos quebrados e era impedida de comer pela madrasta como formas de castigo.
A Defensoria Pública do Rio informou que participou da audiência de custódia das mulheres presas preventivamente por suspeita de tortura. No entanto, como ainda não há ação penal em curso, o órgão não foi formalmente constituído para o caso.
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