Nanoarte do CDMF no MoonArk nos EUA e no concerto Infinito em todas as direções
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Nanoarte do CDMF no MoonArk nos EUA e no concerto Infinito em todas as direções
No primeiro caso, a nanoarte brasileira estará associada, de forma inédita, à aventura humana no …
24JUN2017| 12h00 - JOSÉ ANGELO SANTILLI
A nanoarte produzida no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) é uma das protagonistas de dois encontros singulares entre arte e ciência. Com sede no Instituto de Química da Unesp, campus de Araraquara (SP), O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiados pela FAPESP integrando uma rede de pesquisa entre a própria UNESP, UFSCar, USP e IPEN.
No primeiro caso, a nanoarte brasileira estará associada, de forma inédita, à aventura humana no espaço no projeto MoonArk (Museu da Lua), nos Estados Unidos, organizado pelo professor Cris Ofescu, por meio das imagens criadas no CDMF por Rorivaldo Camargo, Daniela Caceta, Enio Longo e Ricardo Tranquilin, vencedores de uma etapa da nanoarte, promovida pelo professor norte-americano. “O professor Cris Ofescu criou um novo conceito da Nanoarte colocando as nossas imagens nesse projeto de certa forma insólita, indo para a Lua, associando a nanorarte aos descobrimentos espaciais do homem”, disse Elson Longo, diretor do CDMF.
MoonArk
O MoonArk é um projeto altamente colaborativo e integrado dirigido para a Lua, destinado a despertar maravilhas para futuros seres humanos através de narrativas visuais poeticamente enredadas das artes, ciências humanas, ciências e tecnologias.
É uma celebração de nossa capacidade criativa e um reconhecimento do papel crítico que nossas mãos desempenham para nos permitir expressar através da linguagem, escultura, criação de imagens e música. A imagem é organizada como cinco símbolos hamsa contendo inúmeras obras de arte e artefatos criativos. Interwoven são imagens dos locais de pouso Apollo 11, 12, 14, 15 e 16 na Lua por Hap Griffin. Os símbolos hamsa contêm 93 obras de arte nano que representam a menor escala que os seres humanos expressam o significado através da arte; uma coleção de 30 imagens abstratas de figura-chão por Carnegie Mellon Design, estudantes que descrevem vários relacionamentos Terra-Lua e uma coleção de imagens que comemoram “a mão” como facilitador artístico.
Infinito em todas as direções
Arte e ciência também se unem com a projeção dessas mesmas imagens da nanoarte no sábado (24/06) e segunda-feira (26/06) no Teatro Municipal de São Carlos (SP), no concerto apresentado pela Orquestra Experimental da Universidade Federal de São Carlos, sob o titulo Infinito em todas as direções, espetáculo musical inspirado nas origens da matéria, do Universo e, em última instância, da vida na Terra. O projeto é uma promoção do CDMF, integrando suas atividades de difusão científica, com realização da Orquestra e do Laboratório Aberto de Interatividade para a Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico (LAbI) da UFSCar.
O título do concerto – “Infinito em todas as direções” – é inspirado no livro homônimo do físico Freeman Dyson e carrega com ele a metáfora do Universo e suas dimensões infinitamente grandes e pequenas, além de infinitamente belas. Partindo da ideia da Antiguidade de que os cinco elementos – Terra, Água, Fogo, Ar e Éter – seriam formadores de tudo o que existe, a apresentação conta a história da criação da matéria e da vida no Universo e em nosso planeta, aliando músicas e imagens ao conhecimento científico. Cada elemento representa um dado da criação: a Terra é a metáfora para o mundo material tal qual o conhecemos; a Água representa a origem da vida; o Fogo aparece como elemento transformador da matéria; o Ar traz a amplitude da racionalidade e inteligência humanas; enquanto o Éter leva ao espaço, ao infinito, representando a ponte entre os átomos e as galáxias.
O concerto apresenta nove músicas, sendo cinco delas inéditas, compostas especialmente para o projeto. As composições Terra, Água, Fogo, Ar e Éter são de autoria de Lenon Tagliaro, Tiago Pallone, Emiliano Sampaio, Guilherme Picolo e Vinicius Sampaio, respectivamente, com arranjos de Lucas Joly para as demais músicas. Além da performance da Orquestra, o concerto conta com projeção de vídeos produzidos pelo LAbI, também especialmente para o projeto.
A Orquestra Experimental da UFSCar atualmente conta com 110 músicos de diferentes idades, de São Carlos e outras cidades da região, além de estudantes de graduação e pós-graduação e servidores docentes e técnico-administrativos da UFSCar, sob a regência de Maria Carolina Leme A parceria entre o CDMF, a Orquestra e o LAbI teve início em 2015, com o “Concerto para as estrelas”, na inauguração do Observatório Astronômico da UFSCar.