Ney Matogrosso faz show com funk e reverência a indígenas no ‘Rock in Rio Lisboa’
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A apresentação para um público que preencheu bem mais do que toda a área do palco -uma das mais aguardadas do dia, aliás- foi o retorno do cantor de 80 anos aos palcos internacionais após mais de dois anos de pausa por causa da pandemia.
Ainda era dia e fazia calor quando Ney Matogrosso entrou no palco Galp Music Valley do Rock in Rio Lisboa neste sábado (25), às 20h, com um macacão dourado que escondia seu rosto -que ele logo revelou no começo de “Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua”, canção de 1972 de Sérgio Sampaio que batiza a turnê que o artista vem fazendo desde antes da pandemia.
A apresentação para um público que preencheu bem mais do que toda a área do palco -uma das mais aguardadas do dia, aliás- foi o retorno do cantor de 80 anos aos palcos internacionais após mais de dois anos de pausa por causa da pandemia.
Um retorno simbólico, aliás, já que Ney foi o primeiro artista a tocar na edição de estreia do Rock in Rio, que completou 35 anos no ano passado -o festival comemora a data na edição brasileira com um show que reúne outros artistas que também se apresentaram em 1985, como Alceu Valença e Pepeu Gomes, mas não tem o cantor sul-mato-grossense.
Na apresentação europeia Ney passou por composições clássicas, como “A Maçã”, de Raul Seixas, “Jardins da Babilônia”, de Rita Lee, “Pavão Mysteriozo”, de Ednardo, e “Iolanda”, de Chico Buarque, cantado em coro pelo público português.
Em “Ponta do Lápis”, o cantor abriu os braços e virou de costas para o público para reverenciar o telão, onde eram projetadas imagens de indígenas.
Uma versão repaginada pro funk de “O Último Dia” animou o público, que também dançou ao som de “Sangue Latino”, dos Secos e Molhados. Ney fechou o show com a trinca “Como 2 e 2”, escrita por Caetano Veloso e famosa na voz de Gal Costa, “Poema”, de Cazuza e Frejat, e “Ex-Amor”, de Martinho da Vila.
A repórter viajou a convite do Rock in Rio Lisboa
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